

O sistema fotovoltaico (com painéis solares) tem capacidade de reduzir em até 90% do valor da conta de luz de uma residência ou de um estabelecimento comercial. O problema é que o custo da instalação não costuma ser acessível para a maioria dos brasileiros. Como mostramos aqui, embora o valor dependa da média do consumo mensal, o preço do equipamento varia de R$ 15 mil a R$ 33 mil no País.
Mas algumas empresas brasileiras têm buscado democratizar o acesso a esses benefícios por meio da modalidade “geração distribuída”, quando a produção de energia acontece próximo ao local de consumo. Esse mecanismo permite aos pequenos produtores comercializarem a energia produzida em suas usinas solares (ou por outra fonte de energia renovável) para residências e estabelecimentos de baixa tensão.
A possibilidade viabiliza ao consumidor uma economia de até 20% na conta de luz. O mecânico Pablo Vinícius mora no município de Araçatuba, no estado de São Paulo, e aderiu à modalidade em janeiro deste ano. Ele conta que já economizou R$ 140 no primeiro mês de uso ao contratar energia solar por assinatura. “A minha última conta antes de aderir ao plano veio R$ 341. No mês seguinte, caiu para R$ 200. Tivemos um bom desconto e essa diferença dá para ajudar a pagar outra conta ou ajudar nas compras do fim do mês”, diz Vinícius.
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O plano adotado por ele é fornecido pela Serena, companhia geradora de energia renovável. A empresa possui “fazendas solares” em diversos estados brasileiros que abastecem mais de 3,5 milhões de domicílios. Cícero Lima, diretor executivo da empresa, explica que essa economia surge porque o custo da produção da energia elétrica é menor em comparação aos das concessionárias locais. Por isso, a conta de luz chega ao consumidor com um valor mais acessível.
Ou seja, se o consumidor tiver um custo mensal de R$ 500, ele terá uma economia de R$ 105 no fim do mês, equivalente a R$ 1.260 por ano, segundo os cálculos da Serena. “Nós produzimos a energia e a ‘injetamos’ na rede distribuidora, que se transforma em crédito. E esses créditos são repassados aos clientes que aderem ao nosso modelo de negócio”, diz Lima.
Como funciona o serviço de energia solar por assinatura?
Ao contratar os planos, o consumidor não possui nenhum custo com a instalação de placas solares ou com a manutenção dos sistemas fotovoltaicos. A diferença é que, além da redução do valor da conta de luz, o faturamento do consumo será feito pela empresa responsável pelo fornecimento da energia. Já no fim do mês, o consumidor receberá duas contas: uma da concessionária local e outra da empresa responsável pelo abastecimento da residência ou estabelecimento.
Isso acontece porque as concessionárias continuam responsáveis pela manutenção da infraestrutura da rede elétrica e da iluminação pública. No entanto, a soma dos dois débitos sempre será inferior ao valor da conta unificada. “O cliente não vai pagar uma mensalidade, como ocorre nas assinaturas das plataformas de streaming. O custo será proporcional ao consumo do cliente, mas com um desconto em torno de 20%”, diz Felipe Moreira, presidente da GD Solar, que possui 21 usinas solares distribuídas em 16 Estados.
Para contratar os planos, basta seguir os seguintes passos:
- Solicite um orçamento para uma empresa responsável pelo serviço
- Apresente a sua última conta de energia
- A empresa verifica o histórico do seu consumo e calcula a média do valor da sua conta com o serviço
- O consumidor avalia as condições e, caso seja vantajoso, assina o termo de adesão
- Com a contratação, a empresa solicita à Concessionária local a troca do fornecedor de energia
- Após a confirmação, os créditos de energia e os descontos aparecem na conta de luz em um prazo de até 90 dias.
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