Aeronave da Azul (AZUL4) em aeroporto. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa subiu 3,93% na semana, passando de 129.650,03 pontos para 134.739,28 pontos. No período, os investidores acompanharam o desenrolar da guerra tarifária promovida pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump e os embates com a China, principal alvo das taxações promovidas pelo republicano na Casa Branca. As expectativas em torno de um possível acordo entre as potências alimentou a positividade dos mercados no início da semana, assim como notícias de novos estímulos à economia chinesa, que concederam um duplo fôlego aos ativos domésticos. Já nesta sexta-feira (25), sinalizações de que os EUA não vão desistir de impor tarifas à China suprimiram parte dos ganhos.
As empresas listadas na B3 também iniciaram a divulgação dos resultados do 1º trimestre de 2025. “De modo geral, esperamos surpresas negativas vindas dos setores industrial (negativa) e energia (positiva), enquanto também prevemos um aumento de 34% nos lucros das empresas do Ibovespa”, diz a Ágora Investimentos, em relatório. “Do lado negativo, os lucros do setor industrial devem ser impactados pelos investimentos/despesas da Embraer acima do consenso. Enquanto do lado positivo, prevemos um crescimento anual nos lucros do setor de energia, ao passo que o consenso espera uma queda”, afirma a casa.
A Vale (VALE3) foi uma das empresas que já publicaram os números do 1T25, considerados fracos pelos analistas ouvidos pelo E-Investidor. Na última quinta-feira (24), a mineradora reportou um lucro líquido de US$ 1,4 bilhão no primeiro trimestre deste ano, queda de 17% em relação ao mesmo período de 2024.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq subiram 4,59%, 2,48% e 6,73%, respectivamente. Já o dólar e o euro caíram -2% e -2,08% frente ao real na semana, atingindo os R$ 5,69 e R$ 6,46, respectivamente.
As maiores altas da semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram Hypera (HYPE3), GPA (PCAR3) e Auren (AURE3).
Hypera (HYPE3): 20,33%, R$ 24,03
Na semana, o alívio no mercado de juros futuros impulsionou as ações mais cíclicas e ligadas à economia doméstica. A Hypera se beneficiou desse movimentou e viu os papéis saltaram 20,33% no período, para R$ 24,03.
A HYPE3 está em alta de 24,06% no mês. No ano, acumula uma valorização de 34,55%.
GPA (PCAR3): 17,33%, R$ 4,40
Os papéis da GPA também foram impulsionados pelo alívio dos juros futuros. Na semana, as ações subiram 17,33%, aos R$ 4,40.
A PCAR3 está em alta de 42,39% no mês. No ano, acumula uma valorização de 72,55%.
Auren (AURE3): 12,99%, R$ 8,87
As ações da Auren subiram 12,99% na semana, aos R$ 8,87. A empresa anunciou na última quinta (24) que pagará R$ 59,5 milhões em dividendos, a R$ 0,057 por ação.
A AURE3 está em alta de 20,03% no mês. No ano, acumula uma valorização de 1,84%.
As maiores baixas da semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram Azul (AZUL4), Yduqs (YDUQ3) e Automob (AMOB3).
Azul (AZUL4): -36,27%, R$ 1,95
Os papéis da Azul desabaram 36,27% na semana e foram a R$ 1,95 em meio à repercussão negativa da nova oferta de ações da companhia. A Azul levantou R$ 1,6 bilhões no “follow on”, que teve uma adesão mais baixa do que o esperado.
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A AZUL4 está em baixa de -40,73% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -44,92%.
Yduqs (YDUQ3): -4,65%, R$ 14,16
Os papéis da Yduqs cederam 4,65% na semana, aos R$ 14,16, ocupando a segunda colocação entre as maiores baixas do Ibovespa no período.
A YDUQ3 está em alta de 22,7% no mês. No ano, acumula uma valorização de 65,61%.
Automob (AMOB3): -4%, R$ 0,24
Cotada a centavos, e portanto com alta volatilidade, as ações da Automob cederam 4% na semana.
A AMOB3 está em baixa de -4% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -29,41%.