O Dow Jones subiu 0,28%, aos 40.227,77 pontos; o S&P 500 marcou alta de 0,06%, aos 5.528,75 pontos; e o Nasdaq teve queda de 0,10%, aos 17.366,13 pontos. Os dados são preliminares.
A Tesla subiu 0,33%, dando sequência a uma série de seis pregões de ganhos consecutivos. A montadora de veículos elétricos divulgou seu balanço do primeiro trimestre na noite de terça-feira e, apesar de um resultado decepcionante, as ações subiram depois que o CEO Elon Musk afirmou que passaria menos tempo em Washington e mais tempo na sede da Tesla.
A Nvidia recuou 2% após um relatório apontar que a Huawei Technologies desenvolveu um novo chip, chamado Ascend 910D, que poderia ser mais poderoso que o H100, da companhia americana. Já se esperava que o mercado da Nvidia na China encolhesse depois de o governo Donald Trump anunciar que imporia exigências de licença para futuras vendas dos aceleradores H20, criados especificamente para atender às sanções dos EUA contra exportações chinesas de inteligência artificial.
A ação da Wolfspeed disparou 26,3%, antes da divulgação dos resultados do terceiro trimestre fiscal, prevista para a próxima semana. Segundo a Raymond James, o setor de semicondutores apresentou aumento no interesse de venda a descoberto, e a Wolfspeed liderava a lista com a maior taxa de venda a descoberto, de 41%.
Os papéis da Airbus negociados nos EUA subiram 2,6%. A companhia fechou acordo para assumir alguns ativos da Spirit AeroSystems. O negócio inclui uma fábrica na Carolina do Norte, nos EUA, onde a Spirit fabrica parte da fuselagem do jato A350, e uma fábrica na Irlanda do Norte, que produz asas de fibra de carbono para o A220. A companhia europeia também anunciou que irá adquirir a produção de componentes de asas para os modelos A320 e A350 na Escócia.
Juros dos EUA recuam
Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos caem nesta segunda-feira, à medida que os investidores se preparam para uma semana movimentada de dados econômicos, incluindo indicadores sobre emprego, crescimento econômico e inflação.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía para 3,680%. O rendimento da T-note de 10 anos recuava para 4,205%, enquanto o T-Bond de 30 anos apontava recuo a 4,684%.
Em diversos comentários à imprensa americana nesta manhã, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que espera fechar um acordo comercial na próxima semana. Ele destacou a Índia como o “provável primeiro país” a conquistar esse feito e expressou otimismo com a Ásia. Já em relação à China, Bessent afirmou que cabe a Pequim reduzir as tensões comerciais com os EUA diante do nível insustentável das tarifas de ambos os lados. Por sua vez, Pequim negou novamente ter mantido contato com Donald Trump sobre tarifas.
Economistas observam que há esperanças de que os EUA concluam os acordos comerciais dentro do prazo, mas destacam o risco de extensão das negociações além dos 90 dias de pausa com parceiros mais próximos, como China, México, Canadá e União Europeia (UE).
“A retórica mais branda sobre a guerra comercial acalmou os mercados, mas o resultado das negociações continua altamente incerto, e isso, por si só, está pesando nas perspectivas”, afirmam os estrategistas do Barclays.
Agora, os investidores aguardam a divulgação de dados econômicos dos EUA ao longo da semana, incluindo o índice de preços dos gastos de consumo pessoal (índice de preços PCE) e a primeira leitura do PIB do primeiro trimestre, ambos previstos para quarta-feira, além do relatório de payroll (empregos fora do setor agrícola), que será divulgado na sexta-feira, a fim de avaliar o impacto das tarifas sobre a economia.
Mais cedo, o Departamento do Tesouro revisou suas projeções para a tomada de empréstimos para o trimestre atual, ajustando para o limite superior das expectativas dos estrategistas. A estimativa de endividamento líquido que será tomado do mercado foi elevada para US$ 514 bilhões para o período de abril a junho, ante a previsão inicial de US$ 123 bilhões.
Moedas globais: dólar recua
O dólar recuou frente às principais moedas globais nesta segunda-feira, com os investidores atentos a possíveis sinais de avanço nas negociações tarifárias envolvendo os Estados Unidos em dia de agenda macroeconômica esvaziada. Segundo analistas, o mercado também espera por dados de emprego do país, a serem divulgados no fim da semana.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, cedeu 0,46%, para 99,010 pontos. Por volta das 17h (horário de Brasília), o dólar cedia para 142,10 ienes, enquanto o euro avançava para US$ 1,1424 e a libra esterlina era negociada em alta, a US$ 1,3434.
O DXY ainda tem espaço para subir para a faixa de 100,00 a 100,25 nesta semana, diz em nota o analista do ING, Chris Turner. No entrando, a moeda corre risco de se desvalorizar se os dados de emprego dos EUA forem muito mais fracos do que o esperado, afirma. Segundo ele, esse será o principal fator de influência sobre a moeda americana nesta semana.
Os mercados estarão atentos a qualquer sinal de que a queda na confiança dos consumidores e das empresas esteja resultando em demissões, diz Turner.
O diretor do Federal Reserve Christopher Waller sinalizou que o Fed poderia cortar as taxas de juros mais cedo e de forma mais agressiva se o desemprego subir acentuadamente, observa o analista ING. De qualquer forma, essa decisão só seria tomada em setembro, após o presidente Donald Trump decidir se irá restabelecer as chamadas “tarifas recíprocas”.
Segundo Turner, o rumo do dólar dependerá da fraqueza dos dados dos EUA ser suficiente para justificar um aumento adicional nas expectativas de cortes de juros.
*Com informações da Dow Jones Newswires