Os resultados do primeiro trimestre da Motiva, antiga CCR (CCRO3), ficou acima das expectativas do Citi, que destacou eventos de reestruturação de portfólio como principal motor da sólida geração de Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) da Motiva. Veja aqui o balanço na íntegra.
O lucro líquido ajustado da empresa, de R$ 539 milhões, superou o número estimado pelo banco de R$ 438 milhões. Em relatório, os analistas Filipe Nielsen e Stephen Trent destacam, no entanto, que as melhorias na eficiência de custos ainda pareceram tímidas e graduais neste trimestre.
O capex (investimento), por sua vez, permaneceu sob controle e a alavancagem deve ver seu aumento ser gradualmente revertido diante da esperada escalada de novas concessões. Diante disso, a dupla classificou os resultados como “encorajadores”, por demonstrarem que a companhia pode melhorar o retorno aos acionistas, mesmo que isso esteja vários passos à frente.
Um dos destaques para o Citi é a expansão da margem Ebitda por conta da saída da concessão das Barcas e de oportunidades de outras reduções de custos mais à frente. Além disso, o Ebitda pró-forma cresceu 14%, superando em 3,2% o esperado pelo Citi. “Abaixo da linha do Ebitda, a depreciação foi menor do que estimamos, contribuindo para a superação no lucro por ação”, completam os analistas.
O Citi mantém a recomendação de compra para os papéis da Motiva. O preço-alvo é de R$ 15, o que representa um potencial de valorização de 11,6% em relação ao último fechamento.