Política tarifária de Trump desencadeou onda negativa nos mercado globais. Foto: AdobeStock
O cenário de incerteza global em abril impactou o Índice Nomad de Diversificação Internacional (Indi), indicador da fintech Nomad que mede a proporção ideal de ativos internacionais na carteira de risco de um investidor brasileiro. A leitura de maio, baseada nos dados anteriores, registrou queda, sinalizando menor atratividade da alocação internacional no curto prazo.
A imposição de tarifas generalizadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, no chamado “Dia da Libertação”, desencadeou uma negativa dos mercado globais. No início de abril, o S&P 500 perdeu 10% de seu valor, que depois se recuperou ao longo do mês. A melhora foi impulsionada por sinais de moderação na política tarifária, com o governo dos EUA pausando algumas tarifas e iniciando negociações comerciais.
Menor atratividade internacional
Na divulgação dos dados, a Nomad explica que o Indi caiu porque a volatilidade aumentou no exterior. “Para o nosso termômetro de alocação global, esta movimentação se traduziu em uma menor atratividade da alocação internacional dentro do portfólio otimizado na comparação com a leitura anterior.”
Em termos percentuais isso significa uma queda de 11 pontos de 80% para 69% na última leitura. Para a fintech, ainda que inferior ao pico recente, o patamar de 69% segue elevado em termos históricos, sinalizando que, mesmo com as turbulências externas, a diversificação internacional continua sendo uma estratégia relevante para investidores brasileiros.
O índice é atualizado mensalmente e leva em conta os últimos 24 meses de mercado, com mais peso para os dados recentes. Quando o Índice Nomad de Diversificação Internacional está mais alto, significa que faz mais sentido manter maior fatia da carteira exposta a ativos internacionais. Quando está mais baixo, o mercado local passa a parecer mais competitivo – ao menos no curto prazo.