

O Mercado Livre (MELI34) registrou um lucro líquido de US$ 494 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 44% na comparação anual. O lucro operacional, por sua vez, apresentou um avanço anual de 45%, atingindo US$ 763 milhões.
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O Mercado Livre (MELI34) registrou um lucro líquido de US$ 494 milhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 44% na comparação anual. O lucro operacional, por sua vez, apresentou um avanço anual de 45%, atingindo US$ 763 milhões.
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A margem operacional evoluiu no período de 12,2% para 12,9%. Enquanto a margem líquida subiu de 7,9% para 8,4%. Para o diretor de relações com investidores do Mercado Livre, Richard Cathcart, o crescimento das vertentes de crédito e publicidade contribuíram para o avanço. O braço de publicidade, em especial, é visto por Cathcart como promissor, já que traz margens mais altas em relação a outras frentes de negócio. A receita de publicidade da companhia aumentou 26% ano a ano (50% quando ajustado pela variação cambial).
A empresa relata que as iniciativas de eficiência e produtividade estão reduzindo custos na logística da companhia, com queda anual no custo por pedido fullfilment (categoria em que os produtos dos vendedores são armazenados pelo Mercado Livre) em moeda local no Brasil, México e Chile. O diretor explica que esses ganhos têm sido reinvestidos, proporcionando, por exemplo, mais oferecimento de frete grátis, o que contribui para mais ganho de mercado por parte da companhia.
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O investimento no Brasil neste ano será de R$ 34 bilhões, segundo anúncio feito pela empresa no início de abril. Cathcart afirma que os resultados deste trimestre já contemplam parte deste aporte, contando com novos centros de distribuição, contratação de desenvolvedores e desembolsos com publicidade, vide a nova campanha de marketing do Mercado Pago com a cantora Anitta.
Ainda nos primeiros três meses deste ano, a receita líquida da empresa somou US$ 5,9 bilhões, um avanço de 37% em relação a igual trimestre de 2024. A receita da operação no Brasil representa, aproximadamente, metade da receita total da companhia. Enquanto a receita das operações de Argentina e México têm de 20% a 25% do negócio cada.
No e-commerce, o volume bruto de mercadorias (GMV) chegou a US$ 13,3 bilhões, alta de 17% em dólares e de 40% quando ajustado pela variação cambial. O número de itens vendidos cresceu 28%, para 492 milhões, e o total de compradores únicos alcançou quase 67 milhões, com o maior crescimento de novos usuários desde 2021.
Cathcart afirma que a empresa buscou ampliar a distância de outros competidores nos últimos anos e que segue crescendo acima do mercado hoje. Na Argentina, a companhia registrou crescimento robusto com aumento de 126% no GMV ajustado pela variação cambial em relação ao ano anterior e crescimento de 52% no número de itens vendidos ano a ano. O diretor credita o avanço ao fato da companhia estar pronta
para capturar a melhora macroeconômica do País.
O diretor afirma que o Mercado livre não é imune a crises, mas que está bem preparado para diferentes cenários. No entanto, ele afirma não ver sinais de desaceleração econômica ou aumento de inadimplência nas regiões em que atua. No Brasil e no México, o crescimento de GMV foi de 30% e 23%, respectivamente.
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No braço financeiro, Mercado Pago, a receita líquida avançou 43%, para US$ 2,6 bilhões. O volume total de pagamentos (TPV) teve o mesmo crescimento, somando US$ 58,3 bilhões. Os ativos sob gestão subiram 103%, para US$ 11,2 bilhões, e a carteira de crédito aumentou 75%, alcançando US$ 7,8 bilhões. A carteira de cartões de crédito avançou 111%, totalizando US$ 3,2 bilhões.
A inadimplência de 15 a 90 dias variou de 9,3% no primeiro trimestre do ano anterior, para 8,2% no início de 2025. Frente ao fim do ano passado, porém, o indicador piorou, visto que havia batido a marca de 7,4%.
Cathcart explica que a variação se relaciona à sazonalidade, já que no fim do ano há mais recursos na economia do que no início do ano, quando os gastos da população aumentam e a renda disponível para o consumo fica mais limitada.
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