Os FIIs mais recomendados para março, segundo 9 corretoras

Assim como as ações, os fundos imobiliários permitem que o investidor ganhe dinheiro de duas formas: a primeira é por meio do ganho de capital, ou seja, com a valorização do imóvel ou ativo, a outra é com os dividendos pagos aos acionistas. A diferença é que um gestor profissional é que vai escolher os ativos para tentar a melhor rentabilidade possível.

Leia também

Não compre fundos imobiliários

O IFIX, principal índice de referência de fundos imobiliários, vem amargando queda de 0,80% no acumulado do ano, com 2847,31 pontos. Ele ainda não retomou aos níveis pré-crise da covid-19, quando estava na faixa dos 3 mil pontos, em janeiro de 2020.

Por outro lado, o fundo Iridium Recebíveis Imobiliários (IRDM11) nada contra a maré e registra o melhor desempenho do ano até agora, com valorização acumulada de 14,58% e Dividend Yield (na tradução, rendimento do dividendo) de 8,22% nos últimos 12 meses.

Do lado negativo, o XP Corporate Macaé registrou o pior resultado, com queda de 18,99% no acumulado do ano até a quarta-feira (3). Apesar da baixa, o Yield do fundo nos últimos 12 meses foi de 26,01%.

BTG LOG, o campeão do mês

Para a seguinte análise, consideramos as carteiras de FIIs de renda passiva. Neste cenário, o fundo imobiliário BTG Logística (BTLG11) foi o mais indicado para o mês de março, com cinco recomendações. Nos últimos 30 dias, o fundo valorizou em 0,49% no acumulado do período e seu último dividendo pago foi de R$ 0,60 por cota. Atualmente, cada fração custa R$ 114,91. O Yield nos últimos 12 meses foi de 5,59%.

O fundo, como o próprio nome já diz, é do segmento de logística. Este FII é composto por 15 ativos distribuídos entre as regiões Sul, Sudeste e Nordeste do País. A maior parte dos empreendimentos está localizada em São Paulo.

Segundo Gabriel Montenegro de Carvalho, analista da Órama, o fundo é o único de logística do BTG listado na B3. “Seus contratos são 61% atípicos, com média ponderada de vencimento de sete anos. Além disso, são firmados com locatários de boa qualidade, como Coca-Femsa, Ceratti, Itambé, entre outras”, diz.

Em fevereiro, o fundo adquiriu três galpões no estado de São Paulo no valor de R$ 195 milhões. De acordo com Isabella Stella Suleiman, da Genial Investimentos, o fundo receberá um adicional na receita de R$ 0,08 por cota. “Com o trabalho da gestora em alocar os recursos captados na última emissão, além do portfólio e suas características acima mencionadas, vemos este fundo como uma boa opção de ativo com renda estável e perspectiva de crescimento”, diz.

Em segundo lugar, há empate entre o CSHG Renda Urbana (HGRU11) e o Capitânia Securities (CPTS11), ambos com quatro recomendações. O primeiro é um fundo imobiliário híbrido com alocações em ativos de varejo tanto no discricionário e educacional, quanto na área de supermercados. Nos últimos 30 dias, o acumulado ficou no campo negativo, em -1,89%.

O último dividendo pago pelo CSHG Renda Urbana foi de R$ 0,68 por cota. Nos últimos 12 meses, a média do Yield foi de 6,51%. “O que torna este fundo atrativo são os vencimentos dos contratos a partir de 2024 e os contratos atípicos, que representam 92,5% da receita. Apesar do setor educacional representar 32% da receita do fundo, vemos o risco de inadimplência dos inquilinos como baixo”, diz Suleiman.

Já o Capitânia Securities é um fundo de recebíveis com exposições a papéis majoritariamente high grade, mas que também investe em cotas de fundos imobiliários. No acumulado dos últimos trinta dias, a aplicação rendeu -0,19%.

Seu último dividendo pago foi na ordem de R$ 1,05 por cota e com dividend Yield foi de 9,47% em 12 meses. “Em 2020 foram três emissões de ofertas públicas, o que permitiu aos gestores efetuarem suas estratégias e aproveitarem as boas oportunidades. Somado a isso, possui uma gestão ativa com uma carteira bem pulverizada e portfólio bastante diversificado”, diz Ronaldo Guimarães, sócio diretor do Modalmais.

Em terceiro lugar, também empatam CSHG Real Estate (HGRE11), Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) e Hectare CE (HCTR11), cada um com três indicações cada.

Confira a seguir as carteiras recomendadas de nove corretoras ouvidas pelo E-Investidor.

Genial Investimentos

Para o mês de março, a Genial realizou uma troca e adicionou mais um fundo na carteira. Saiu o CSHG Logística (HGLG11) e entraram BTG Logística (BTLG11) e Mogno Fundo de Fundos (MGFF11). A carteira ficou composta da seguinte forma:

XP Investimentos

Em março, a XP realizou duas alterações em sua carteira recomendada de fundos imobiliários. Saem XP Log (XPLG11) e CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11) e entram Pátria Logística (PATL11) e RBR Rendimento High Grade (RBRR11). Os FIIs recomendados são:

Órama

A Órama realizou apenas uma saída para o mês de março. Saiu o Fator Verita (VRTA11), contudo não houve a inserção de um novo fundo. Sendo assim, a carteira de FIIs recomendados ficou:

BTG Pactual

O BTG Pactual não realizou nenhuma troca. Desta forma, os fundos recomendados são:

Guide Investimentos

A Guide também não realizou nenhuma troca em sua carteira recomendada de fundos imobiliários. São eles:

CM Capital

Para o mês de março, a carteira de fundos imobiliários recomendados pela CM Capital não sofreu alterações. Veja a seguir:

Warren

Também temos a carteira da Warren, com as seguintes recomendações:

Nova Futura

A Nova Futura não trabalha com uma carteira recomendada de fundos imobiliários, mas oferece indicações:

Modalmais

O Modalmais segue para o mês de março sem nenhuma alteração na sua carteira de fundos imobiliários. A composição é:

Nossos editores indicam estes conteúdos para você investir cada vez melhor

4 fundos imobiliários (FIIs) que o investidor precisa olhar em 2021

Fundo imobiliário residencial: o investimento que deve ganhar espaço no mercado