O Ibovespa subiu 1,02% na semana, passando de 135.133,88 pontos para 136.511,88 pontos. No período, os investidores acompanharam a decisão do Comitê de Política monetária do Banco Central (Copom) sobre a taxa básica de juros do País. O Copom decidiu elevar a Selic em 0,5 ponto percentual – agora, o patamar está em 14,75% ao ano. O Boletim Focus, que reúne projeções de mercado, não prevê mais nenhuma alta nos juros, o que já confere certo alívio aos ativos de risco. Os investidores também começam a se questionar quando ocorrerá o primeiro corte na taxa. “O consenso atual projeta um corte de 25 pontos-base na última reunião de 2025; vemos esse movimento na primeira reunião de 2026”, apontou o Itaú, em relatório.
Nos EUA, também houve decisão de juros. Por lá, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) decidiu manter a taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50% ao ano. “Essa permanência do Fed numa espécie de compasso de espera se dá pelo reconhecimento de que a incerteza que permeia o cenário econômico se elevou ainda mais desde a última reunião de março”, ressaltou a Genial, em relatório. “A adoção dessa postura por parte do Fed vai ao encontro do nosso cenário, no qual achamos mais prudente as taxas de juros serem mantidas inalteradas até que o prazo de suspensão das tarifas recíprocas dado pelo governo Trump de 90 dias expire, em meados de julho.”
A temporada de resultados do 1º trimestre de 2025 também gerou impactos relevantes. Após publicar o balanço, por exemplo, o Bradesco (BBDC4) ganhou quase R$ 20 bilhões em valor de mercado e teve o melhor pregão desde março de 2020 – os papéis subiram 15,64% somente na quinta-feira (8).
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,47%, 0,16% e 0,27%, respectivamente. O dólar se manteve estável sob o real na semana, fechando o período aos R$ 5,65. Já euro caiu 0,41% em relação à moeda nacional na semana, atingindo os R$ 6,37.
Maiores altas do Ibovespa na semana
As três ações que mais valorizaram na semana foram Azzas 2154 (AZZA3), Cogna (COGN3) e Bradesco (BBDC4).
Azzas 2154 (AZZA3): 18,03%, R$ 37,51
As ações da Azzas 2154 acumularam uma valorização de 18,03% na semana, atingindo R$ 37,51. O avanço de 46,9% no lucro líquido no 1º trimestre de 2025, para R$ 117,8 milhões, empolgou os investidores e impulsionou os papéis.
A AZZA3 está em alta de 17,81% no mês. No ano, acumula uma valorização de 26,81%.
Cogna (COGN3): 14,18%, R$ 2,98
Os papéis da Cogna dispararam 14,18% na semana, na esteira da repercussão dos resultados do 1º trimestre de 2025. A empresa reverteu o prejuízo obtido no 1º trimestre de 2024 e lucrou R$ 95 milhões no 1T25.
A COGN3 está em alta de 15,5% no mês. No ano, acumula uma valorização de 181,13%.
Bradesco (BBDC4): 12,59%, R$ 15,11
As ações do Bradesco acumularam alta de 12,59% na semana, atingindo R$ 15,11. O banco também apresentou um balanço do 1º trimestre de 2025 com números acima do esperado pelo mercado – o lucro líquido recorrente chegou a R$ 5,9 bilhões, alta de 39,3% em comparação ao mesmo período de 2024.
A BBDC4 está em alta de 10,21% no mês. No ano, acumula uma valorização de 36,62%.
Maiores baixas do Ibovespa na semana
As três ações que mais desvalorizaram na semana foram RD Saúde (RADL3), GPA (PCAR3) e Minerva (BEEF3).
RD Saúde (RADL3): -22,6%, R$ 15,48
Os papéis da RD Saúde acumularam uma desvalorização de 22,6% na semana e fecharam o período negociados a R$ 15,48. A decepção com o balanço financeiro, que veio com uma queda de 17,12% no lucro líquido ajustado do 1T25 em comparação a 1T24, foi o principal gatilho para as baixas.
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A RADL3 está em baixa de -21,98% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de -29,22%.
GPA (PCAR3): -21,28%, R$ 3,07
Os papéis do GPA acumularam uma desvalorização de 21,28% na semana, atingindo R$ 3,07. Os investidores repercutiram mudanças no Conselho de Administração da empresa e a alienação de participação relevante feita pelo investidor Rafael Ferri, eleito para o conselho da varejista.
A PCAR3 está em baixa de -27,42% no mês. No ano, acumula uma valorização de 20,39%.
Minerva (BEEF3): -17,14%, R$ 4,98
As ações da Minerva fecharam a semana em queda de 17,14%, cotadas a R$ 4,98, em um movimento de realização de lucros.
A BEEF3 está em baixa de -15,74% no mês. No ano, acumula uma valorização de 20,87%.