• Logo Estadão
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Assine estadão Cavalo
entrar Avatar
Logo Estadão
Assine
  • Últimas notícias
  • opinião
  • política
  • economia
  • Estadão Verifica
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Direto da Faria Lima
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
Logo E-Investidor
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Direto da Faria Lima
  • Negócios
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Análises Ágora
  • Newsletter
  • Guias Gratuitos
  • Colunistas
  • Vídeos
  • Áudios
  • Estadão

Publicidade

Colunista

Empréstimo consignado para CLT: alívio ou armadilha para o Brasil que trabalha?

Uma política criada para aliviar o bolso do trabalhador pode estar abrindo caminho para o endividamento crônico, a perda de saúde mental e um colapso silencioso no mundo do trabalho

Por Ana Paula Hornos

17/05/2025 | 5:00 Atualização: 17/05/2025 | 17:12

Receba esta Coluna no seu e-mail
Finanças (Foto: Adobe Stock)
Finanças (Foto: Adobe Stock)

Milhões de brasileiros com carteira assinada correram para pegar o “Crédito do Trabalhador”, popularmente conhecido como o consignado para CLT. Em poucos dias, R$10 bilhões foram liberados — com parcelas acessíveis, promessa de fôlego financeiro e a ilusão de que agora, sim, o Brasil está cuidando de quem produz. Mas o que parece socorro pode ser armadilha: juros que viram bola de neve, apostas online como destino final dos recursos, e uma população cada vez mais doente e endividada. Estamos ajudando… ou acelerando a queda?

Leia mais:
  • Do Tigrinho ao home office: a nova rota de fuga do trabalhador brasileiro exausto
  • Mulheres chegaram ao espaço, mas ainda pagam o preço ao voltar da licença-maternidade
  • Série “Adolescência”: como o desamparo afeta a saúde mental e as finanças da Geração Z
Cotações
18/11/2025 19h04 (delay 15min)
Câmbio
18/11/2025 19h04 (delay 15min)

CONTINUA APÓS A PUBLICIDADE

De boas intenções, o caminho do endividamento está cheio. O novo programa parece, à primeira vista, uma mão estendida para quem precisa — empréstimos rápidos, com garantia do FGTS, para milhões de brasileiros com carteira assinada. Mas quem olha só para a mão que entrega, e não para o bolso que recebe, pode cair na ilusão de que crédito é presente. Não é. É cilada.

Promessas de taxas em torno de 2,80% a 6% ao mês podem soar convidativas à primeira vista. Mas faça as contas: isso significa algo entre 50% e 100% ao ano. É como explico em um vídeo meu no TikTok que viralizou: cada real emprestado, com juros de 100% ao ano, pode virar R$1 milhão em 20 anos. Parece absurdo, mas é apenas a matemática exponencial fazendo seu trabalho — e uma dívida que cresce assim é, simplesmente, impagável.

Publicidade

O FGTS, usado como garantia nesse crédito, sempre funcionou como um nudge — uma estratégia de arquitetura de escolhas que ajuda a população a poupar sem perceber. Um empurrãozinho invisível rumo ao futuro.

Agora, estamos desmontando esse seguro silencioso, trocando o longo prazo pelo imediatismo. Deveríamos estar fortalecendo essas ajudas comportamentais, não desmontando o que ainda funciona para proteger quem não consegue poupar sozinho.

Mais grave ainda: liberar crédito dessa forma é, na prática, expandir a base monetária. Parece técnico, mas é simples: mais dinheiro circulando, sem aumento proporcional na produção ou produtividade, gera inflação.

A roda gira mais rápido, mas não leva ninguém mais longe. Com isso, a tão sonhada redução dos juros pode virar miragem — e não apenas para quem pegou o crédito, mas para todo o país. Na verdade, gerando mais inflação através da expansão de crédito, a tendência da taxa de juros Selic é só aumentar.

Publicidade

E o destino desse dinheiro? Não está indo para melhorar a casa, investir na formação ou resolver uma emergência médica. Boa parte está escorrendo pelas apostas online — tigrinhos, cassinos digitais, promessas de dinheiro fácil.

Um combustível explosivo: impulsividade, compulsão e endividamento. A saúde mental dos trabalhadores — já em crise — sofre mais um golpe. O resultado? Afastamentos, alcoolismo, burnout, improdutividade. Um ciclo cruel em que a dívida mina não só a renda, mas o propósito.

Estamos falando de um crédito que atinge diretamente a força de trabalho. E, ao contrário de fomentar dignidade, ele pode estar contaminando o sentido de realização que o trabalho deveria trazer. Quando o salário some antes de cair, o emprego vira prisão. Quando a dívida vira rotina, a motivação vira desânimo.

A NR01 já reconhece que saúde mental é obrigação legal das empresas. Mas como promover bem-estar se há incentivo ao descontrole financeiro?

Publicidade

Precisamos olhar com mais coragem para o que estamos normalizando. Um país que endivida sua força de trabalho para girar a economia está cavando um buraco mais profundo do que o que deseja tapar. A boa intenção só vira boa política quando anda junto com educação, proteção e visão de longo prazo. Caso contrário, venderemos amanhã para pagar o ontem — e chamando isso de progresso.

Encontrou algum erro? Entre em contato

Compartilhe:
  • Link copiado
O que este conteúdo fez por você?

Informe seu e-mail

Tudo Sobre
  • crédito do trabalhador
  • dinheiro
  • Economia
  • Inflação
  • trabalho

Publicidade

Mais lidas

  • 1

    Banco Master sofre liquidação e Daniel Vorcaro é preso: como reaver o dinheiro aplicado em CDBs?

  • 2

    Investia em CDB do Master? Veja o passo a passo para acionar o FGC e recuperar o seu dinheiro

  • 3

    Liquidação do Banco Master: como o mercado interpretou a decisão do Banco Central

  • 4

    Master pressiona CDBs e crédito. Veja por que os spreads devem subir no curto prazo após a liquidação

  • 5

    Tesouro Nacional lança plataforma para monitorar investimentos em projetos sustentáveis

Publicidade

Quer ler as Colunas de Ana Paula Hornos em primeira mão? Cadastre-se e receba na sua caixa de entrada

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Cadastre-se e receba Coluna por e-mail

Ao fornecer meu dados, declaro estar de acordo com a Política de Privacidade e os Termos de Uso do Estadão E-investidor.

Inscrição feita com sucesso

Webstories

Veja mais
Imagem principal sobre o Banco Master: a linha do tempo completa do sucesso à liquidação pelo Banco Central
Logo E-Investidor
Banco Master: a linha do tempo completa do sucesso à liquidação pelo Banco Central
Imagem principal sobre o Homens também têm direito à pensão alimentícia paga pela ex-mulher?
Logo E-Investidor
Homens também têm direito à pensão alimentícia paga pela ex-mulher?
Imagem principal sobre o Abono de permanência: como fazer a solicitação do benefício?
Logo E-Investidor
Abono de permanência: como fazer a solicitação do benefício?
Imagem principal sobre o Herança: o que acontece quando a pessoa não tem herdeiros?
Logo E-Investidor
Herança: o que acontece quando a pessoa não tem herdeiros?
Imagem principal sobre o 13º salário 2025: veja datas de pagamento, como calcular, regras na demissão e cuidados na Black Friday
Logo E-Investidor
13º salário 2025: veja datas de pagamento, como calcular, regras na demissão e cuidados na Black Friday
Imagem principal sobre o Qual o consumo médio de uma geladeira ao longo do mês?
Logo E-Investidor
Qual o consumo médio de uma geladeira ao longo do mês?
Imagem principal sobre o Bolsa Família: quem recebe nesta semana?
Logo E-Investidor
Bolsa Família: quem recebe nesta semana?
Imagem principal sobre o FGTS Rio Bonito do Iguaçu: veja passo a passo para solicitar
Logo E-Investidor
FGTS Rio Bonito do Iguaçu: veja passo a passo para solicitar
Últimas: Colunas
Empresas da B3 entregam alta modesta de receitas, mas margens e lucros recuam no 3º trimestre de 2025
Einar Rivero
Empresas da B3 entregam alta modesta de receitas, mas margens e lucros recuam no 3º trimestre de 2025

Levantamento revela receita crescendo menos que a inflação, margens comprimidas, explosão das despesas operacionais e salto do endividamento

18/11/2025 | 16h03 | Por Einar Rivero
A alta dos fundos de ações: você se atrasou, sim, mas sempre é tempo
Luciana Seabra
A alta dos fundos de ações: você se atrasou, sim, mas sempre é tempo

Enquanto o Ibovespa sobe 29% no ano e fundos acumulam ganhos de até 35%, muitos investidores seguem errando o timing, comprando na euforia e vendendo no medo

18/11/2025 | 14h04 | Por Luciana Seabra
OPINIÃO: Projeto da Anistia sobe no telhado e fica sem ambiente político para avançar
Erich Decat
OPINIÃO: Projeto da Anistia sobe no telhado e fica sem ambiente político para avançar

Após aprovação da urgência do PL da Anistia na Câmara, cúpula do Senado entra em campo e articulações esfriam

17/11/2025 | 14h34 | Por Erich Decat
Banco do Brasil: o ponto cego que incomoda até os acionistas mais fiéis
Katherine Rivas
Banco do Brasil: o ponto cego que incomoda até os acionistas mais fiéis

Analistas opinam se vale ter a ação do banco estatal na carteira após os resultados do 3º trimestre; queda no lucro chegou a 60%

17/11/2025 | 09h46 | Por Katherine Rivas

X

Publicidade

Logo E-Investidor
Newsletters
  • Logo do facebook
  • Logo do instagram
  • Logo do youtube
  • Logo do linkedin
Notícias
  • Últimas Notícias
  • Mercado
  • Investimentos
  • Educação Financeira
  • Criptomoedas
  • Comportamento
  • Negócios
  • Materias gratuitos
E-Investidor
  • Expediente
  • Fale com a redação
  • Termos de uso
Institucional
  • Estadão
  • Ágora Investimentos
Newsletters Materias gratuitos
Estadão
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
  • Youtube

INSTITUCIONAL

  • Código de ética
  • Politica anticorrupção
  • Curso de jornalismo
  • Demonstrações Contábeis
  • Termo de uso

ATENDIMENTO

  • Correções
  • Portal do assinante
  • Fale conosco
  • Trabalhe conosco
Assine Estadão Newsletters
  • Paladar
  • Jornal do Carro
  • Recomenda
  • Imóveis
  • Mobilidade
  • Estradão
  • BlueStudio
  • Estadão R.I.

Copyright © 1995 - 2025 Grupo Estado

notification icon

Invista em informação

As notícias mais importantes sobre mercado, investimentos e finanças pessoais direto no seu navegador