

O Citi avalia que a volatilidade em torno das tarifas dos Estados Unidos deve continuar beneficiando mercados como o Brasil, destacando que mesmo um pequeno movimento de rotação pode impulsionar significativamente mercados emergentes.
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O Citi avalia que a volatilidade em torno das tarifas dos Estados Unidos deve continuar beneficiando mercados como o Brasil, destacando que mesmo um pequeno movimento de rotação pode impulsionar significativamente mercados emergentes.
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“Os EUA representam 70% da maioria dos índices de referência globais, então qualquer posição underweight [abaixo da média do mercado] nos EUA entre os investidores pode criar fluxos importantes para mercados emergentes como o Brasil”, afirma, em relatório.
O Citi pondera que, por um lado, tarifas mais baixas entre os EUA e a China podem reduzir a possibilidade de mais exportações agrícolas do Brasil à China (já que Brasil e EUA competem nas exportações agrícolas). Contudo, o risco reduzido de recessão, que um acordo comercial implica, produz um resultado líquido positivo ao Brasil.
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Após uma rodada de tensões comerciais entre EUA e China no mês passado, a expectativa do Citi é de que as tarifas serão moderadas entre as duas maiores economias do mundo, “já que os líderes reconhecem o ditado ‘quando mercadorias não cruzam fronteiras, soldados podem'”.
O Citi relembra, ainda, que o Ibovespa teve um desempenho positivo recentemente – alta de aproximadamente 16% em 2025 -, justificado por três fatores: um conjunto forte de resultados do primeiro trimestre, com a maioria das empresas tendo balanços patrimoniais desalavancados; custo de capital próprio se estabilizando, com um provável fim do ciclo de aperto monetário pelo Copom; e tensões comerciais diminuindo.
O banco destaca, no título do relatório, que o Ibovespa teve um rali, mas que as ações brasileiras não estão caras, de maneira alguma. Em termos de múltiplos, o Ibovespa negocia a 8,2 vezes o Preço por Lucro futuro (mais de um desvio padrão abaixo da média de 20 anos), contra 12 vezes para Chile e México, 13 vezes para China, 23 vezes para o índice americano S&P 500, e 28 vezes para a bolsa de Londres (LSEG).
“Reconhecemos que a taxa de juros de equilíbrio do Brasil é mais alta do que em outras geografias, o que pode justificar um P/L mais baixo, no entanto, as empresas brasileiras estão apresentando um bom momentum de resultados corporativos e estão desalavancadas”, afirma.
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