Os temas que impactam o mercado financeiro hoje. (Foto: Adobe Stock)
A agenda econômica desta terça-feira (20) traz a segunda prévia do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) de maio e o índice de confiança do consumidor da zona do euro. No Canadá, os ministros das Finanças do G7 (grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por Alemanha, Estados Unidos, França, Itália, Japão, Reino Unido e o próprio Canadá) se reúnem no mercado financeiro hoje.
No Brasil, a agenda econômica desta terça-feira (20) acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura oficial da XXVI Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, enquanto o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, reúne-se com senadores para discutir a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da autonomia do BC e tem encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O Tesouro faz leilões de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B, títulos públicos com rendimento atrelado à inflação) e Letra Financeira do Tesouro (LFT, título pós-fixado com rentabilidade atrelada à taxa de juros). O balanço da XP sai após o fechamento do mercado.
Nos EUA, sete dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) discursam: Thomas Barkin, de Richmond; Raphael Bostic, de Atlanta; Susan Collins, de Boston; Alberto Musalem, de St Louis; diretora do Fed Adriana Kugler; Beth Hammack, de Cleveland; Mary Daly, de São Francisco.
Mercado financeiro hoje: os destaques desta terça-feira (20)
Bolsas internacionais reagem a corte de juros na China
Os sinais são mistos nas bolsas internacionais, com futuros de Nova York em baixa, enquanto as bolsas europeias avançam. Na Ásia, os mercados subiram após o Banco Central da China reduzir os juros de referência em 0,1 ponto porcentual, em uma tentativa de estimular a economia afetada pela guerra comercial.
Na semana passada, Pequim e Washington concordaram em suspender a maior parte das tarifas bilaterais por 90 dias – relembre aqui. Além disso, os principais bancos chineses cortaram suas taxas de depósito e o governo anunciou redução nos preços da gasolina e do diesel a partir desta terça-feira. Para a Capital Economics, as reduções feitas pelo Banco do Povo da China (PBoC, pela sigla em inglês) devem ter impacto limitado na economia.
Já o Banco Central da Austrália cortou os juros de 4,10% para 3,85% ao ano. O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE), Huw Pill, sugeriu que o BC britânico desacelere o ritmo de cortes na taxa básica, argumentando que a inflação e o crescimento dos salários ainda estão acima da meta.
Commodities: petróleo recua, minério avança
O petróleo opera em queda depois de acumular ganhos nas duas últimas sessões. Os investidores avaliam riscos ligados a discussões para um cessar-fogo na Ucrânia e negociações nucleares entre EUA e Irã. Os preços da commodity também são pressionados por persistentes preocupações sobre a demanda após o rebaixamento da nota de crédito dos EUA pela Moody’s ofuscar a perspectiva do maior consumidor mundial de energia. Nesta manhã, o barril do petróleo WTI para julho caía 0,24%, enquanto o do Brent para o mesmo mês recuava 0,18%.
Ainda entre as commodities hoje, o minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para setembro de 2025, fechou em alta de 0,28%, cotado a 725 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 100,48.
Os American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da Vale (VALE3) recuavam 0,31% no pré-mercado de Nova York. Já os ADRs da Petrobras (PETR3; PETR4) subiam 0,75%.
O que esperar do Ibovespa hoje após recorde histórico?
As ações da Petrobras devem reagir à notícia de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou a estatal a iniciar pesquisas na Foz do Amazonas. Odólar hoje opera de forma mista frente a moedas emergentes e ligadas a commodities, o que sugere volatilidade frente ao real após o corte de juros na China.
O ministro Fernando Haddad afirmou que encaminhou ao presidente Lula as medidas para viabilizar o cumprimento da meta de resultado primário de 2025. Segundo ele, todas as propostas serão divulgadas na próxima quinta-feira (22) junto com a publicação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas. No entanto, Haddad evitou antecipar o valor da contenção de gastos que será anunciada.
Esses e outros assuntos ficam no radar do mercado financeiro hoje.