As ações da Méliuz (CASH3) despencam na sessão de terça-feira (20) após a companhia comunicar que estuda captar recursos para ampliar seus investimentos em bitcoin. Às 11h42 (de Brasília), os papéis da fintech afundam 15,39%, sendo negociados a R$ 7,17. As perdas representavam a maior depreciação da bolsa de valores, no momento.
Como mostramos aqui, entre as alternativas cogitadas pela empresa estão a emissão de títulos de dívida conversíveis em ação ou a realização de uma oferta pública primária de ações (follow-on) de pelo menos R$ 150 milhões, que seria coordenado pelo BTG Pactual.
“Nenhuma decisão definitiva a respeito da realização da Oferta Pública ou de qualquer outra forma de captação foi tomada pela Companhia, estando também sujeita, entre outros fatores, às condições do mercado financeiro e/ou de capitais brasileiro e internacional, à obtenção das aprovações necessárias, incluindo as aprovações societárias”, acrescentou a companhia.
O anúncio surgiu dias após a fintech se tornar a primeira Bitcoin Treasury Company da América Latina – empresa cuja principal missão é o acúmulo de bitcoins, utilizando sua geração de caixa e estruturas corporativas e de mercado de capitais para ampliar a exposição ao ativo ao longo do tempo. Os acionistas da Méliuz aprovaram em Assembleia Geral Extraordinária, realizada no dia 15 de maio, a alteração do objetivo social da companhia.
A mudança viabiliza a empresa realizar investimentos em bitcoin como parte da sua estratégia de negócios. E como primeiro ato da “nova Méliuz”, a fintech comprou US$ 28,4 milhões na criptomoeda, o que equivale a cerca de R$ 160 milhões. A Méliuz (CASH3) já tinha feito uma operação de compra de BTC em março deste ano e, somada a essa nova aquisição, passa a deter 320,25 bitcoin.