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A semana começa sem um grande referencial vindo do exterior, com as principais bolsas globais com baixas variações, na expectativa de que China e Estados Unidos retomem as negociações comerciais em Londres nesta segunda-feira (9), em tentativa de aliviar tensões sobre terras raras e tecnologia avançada, após um telefonema entre Donald Trump e Xi Jinping na semana passada –o S&P 500, por exemplo, superou o nível de 6.000 pela primeira vez desde fevereiro.
Em outros mercados, os rendimentos dos Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-american0) e o dólar recuam, os contratos futuros do petróleo se estabilizam, após a alta na semana passada, enquanto os preços futuros do minério de ferro caíram 0,71% na madrugada em Dalian, na China, cotados ao equivalente àUS$ 97,77 por tonelada, após dados chineses que apontaram pressões deflacionárias persistentes. Enquanto isso, as importações da commodity (produto primário) no acumulado do ano ficaram abaixo do ritmo do ano passado.
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Aqui no Brasil, apesar de um início de semana morno no exterior e da chuva na região da Faria Lima, a sessão deve ser de recomposição para os ativos locais, diante da reação às mudanças anunciadas no Imposto sobre Operação Financeira (IOF) – o EWZ, o principal Exchange Traded Fund (ETF) brasileiro no exterior – fundo de investimento negociado na Bolsa de Valores como se fosse uma ação –, subia mas de 1% no pré-mercado, por exemplo.
Segundo as notícias, entre as medidas a serem anunciadas, o Governo vai editar uma Medida Provisória para disciplinar a tributação do sistema financeiro, assim títulos isentos de Imposto de Renda, como LCIs e LCAs, perderão esse benefício (a alíquota passará a ser de 5%), ainda prevendo uma mudança na alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos (hoje, instituições financeiras pagam três alíquotas: 9%, 15% e 20%; a de 9% não existirá mais, ficando 15% ou 20%). Por fim, o Governo vai propor aumentar taxação das bets também.
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Agenda econômica
Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o destaque nesta semana. Hoje foram divulgados o IPC semanal da primeira quadrissemana de junho (8h) e o boletim Focus (8h25). Nos próximos dias, a atenção também recai sobre as vendas do varejo e a o volume de serviços.
EUA
Sai o dado sobre estoques no atacado hoje. Nos próximos dias, foco no índice de expectativas ao consumidor e de inflação da Universidade de Michigan, além do Índice de Preços ao Consumidor (CPI).
Europa
Estão previstos discursos de dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e a produção industrial da zona do euro ao longo dos próximos dias.
China
As exportações cresceram 4,8% em maio, na comparação anual, enquanto as importações encolheram 3,4% em igual intervalo, enquanto o consenso previa uma expansão ainda maior das exportações, de 6,5%, e uma queda menos intensa das importações, de 1%. Houve desaceleração no crescimento das exportações em relação a abril, quando houve alta de 8,1%.
Já as importações caíram a um ritmo bem maior do que no mês anterior, quando houve queda de 0,2%. Em maio, a China acumulou superávit comercial de US$ 103,22 bilhões,pouco abaixo dos US$ 105 bilhões projetados, mas ainda superior ao registrado em abril, quando o saldo foi de US$ 96,18 bilhões
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