O Dow Jones permaneceu estável, aos 42.761,76 pontos; o S&P 500 avançou 0,09%, aos 6.005,88 pontos; e o Nasdaq fechou em alta de 0,31%, aos 19.591,24 pontos.
As ações da Tesla deram sequência à recuperação de sexta-feira e fecharam o dia com alta de 4,55%. A montadora de veículos elétricos encerrou a semana passada com uma perda de quase 15% – sua pior semana desde outubro de 2023 -, o que incluiu um tombo de 14% na quinta-feira, em meio à troca de acusações entre o CEO Elon Musk e o presidente americano, Donald Trump. Os investidores estão atentos ao lançamento do serviço de táxis autônomos da Tesla, que deve ocorrer na quinta-feira. Analistas do Baird rebaixaram a recomendação das ações da empresa de “outperform” (equivalente a compra) para “neutro”.
A Apple, por sua vez, viu suas ações caírem 1,21% no primeiro dia de sua Worldwide Developers Conference. O atraso na implementação de uma aguardada atualização de inteligência artificial (IA) para a Siri tem pressionado o papel, que acumula queda de 19% no ano. Vice-presidente de engenharia de software, Craig Federighi afirmou que a atualização “precisava de mais tempo para atingir nosso padrão de qualidade”, mas a empresa ainda não forneceu um cronograma.
As ações da Nvidia subiram 0,64%. Nesta segunda-feira, o CEO Jensen Huang fez o discurso de abertura na London Tech Week ao lado do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer. A Nvidia também anunciou várias iniciativas de IA durante a conferência, incluindo a criação de um fórum com grandes companhias britânicas e novos investimentos voltados à pesquisa e ao treinamento de profissionais.
A Robinhood Markets recuou 1,95% e a AppLovin caiu 8,22% após nenhuma das ações ter sido incluída no S&P 500, na sexta-feira, como muitos esperavam. A S&P Dow Jones Indices informou que optou por não realizar nenhuma mudança trimestral em seu índice.
Juros dos EUA recuam
Os rendimentos dos Treasuries operaram em queda hoje, seguindo a cautela pelas negociações entre Estados Unidos e China, com representantes dos dois países reunidos em Londres para tratativas por acordos comerciais. Além disso, seguindo a divulgação do payroll americano na última semana, investidores observam o cenário inflacionário do país, que contará a com a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio sendo divulgada nesta semana.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caia a 4,009%. O rendimento da T-note de 10 anos tinha queda a 4,486%, enquanto o T-Bond de 30 anos recuava para 4,955%.
O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse que foi uma “boa reunião”. Paralelamente, o presidente dos EUA, Donald Trump, indicou que as negociações “estão indo bem”. Segundo a Fox Business, uma autoridade do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos disse que não há um prazo definido para o fim das negociações comerciais bilaterais com a China. A delegação americana quer que as conversas ocorram de forma orgânica para permitir discussões substantivas.
As expectativas dos consumidores dos Estados Unidos para a inflação no horizonte de um ano caíram de 3,6% em abril a 3,2% em maio. Para os próximos três anos, a projeção recuou de 3,2% em abril para 3,0% em maio. Já no horizonte de cinco anos, a expectativa teve leve recuo de 2,7% em abril para 2,6% em maio. Os dados são da pesquisa de Expectativas dos Consumidores, divulgada nesta segunda-feira pelo Federal Reserve (Fed, o BC dos EUA) de Nova York.
Moedas globais: dólar cai
O dólar cedia contra seus principais pares globais nesta segunda-feira, diante das atenções voltadas para nova rodada de negociações comerciais entre os EUA e a China. Após os presidentes Donald Trump e Xi Jinping conversarem por telefone na última quinta-feira, autoridades de Washington e Pequim reuniram-se hoje, em Londres, para discutir as tarifas de importação e os rumos do comércio entre as duas maiores economias do mundo.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, cedeu 0,25%, a 98,939 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), o dólar recuava para 144,56 ienes, enquanto o euro subia para US$ 1,1428 e a libra era negociada em alta, a US$ 1,3560.
Stuart Jenkins, do Goldman Sachs, escreve que os representantes de EUA e China adotaram um “tom mais conciliador recentemente”, em meio a “desdobramentos ligeiramente positivos”. Jenkins também observa que o governo Trump tem até hoje para responder a uma decisão judicial contra as tarifas, o que pode adicionar volatilidade aos mercados cambiais.
Divulgados na sexta-feira, os dados de emprego dos EUA – melhores que o esperado – ajudaram a fortalecer a moeda americana, afirma Kit Juckes, do Société Générale. No entanto, o dólar pode voltar a cair caso os investidores reduzam sua exposição a ativos americanos.
A economia dos EUA segue instável e mantém o dólar vulnerável, afirma Lee Hardman, do MUFG, observando que é provável que o Federal Reserve (Fed) reduza as taxas de juros na segunda metade do ano. O mercado de trabalho não está se desacelerando o suficiente para compensar os riscos de inflação mais alta no curto prazo, devido às tarifas comerciais, diz.
Políticas migratórias mais rígidas sob o governo Trump também provocaram protestos durante o fim de semana em Los Angeles, o que pode “contribuir para uma perda adicional de confiança no dólar americano”, acrescenta Hardman.
O dólar tinha forte alta ante o peso colombiano após atentado contra o senador de oposição e pré-candidato a presidente Miguel Uribe Turbay no fim de semana. O dólar era cotado a 4.144,00 pesos colombianos, ante 4.115,00 pesos colombianos na sexta-feira.
*Com informações da Dow Jones Newswires