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Para Taísa Bilecki Dias, head de câmbio do Braza Bank, quem entende essas curiosidades consegue proteger melhor o seu próprio bolso. “Fazer câmbio vai muito além de apenas trocar reais por outra moeda; envolve conhecer impostos, tipos de câmbio, comparar taxas. Tudo isso pode garantir economia e segurança”, afirma Dias.
No caso de quem precisa trocar moedas para viagens para o exterior, o planejamento prévio é essencial. Ao saber a média dos custos com passeios, alimentação, hospedagens e traslados, por exemplo, é possível calcular quanto dinheiro é necessário levar para a estadia.
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Segundo educadora financeira da Neon, Daiane Alves, a organização financeira precisa estar na lista de planejamento da viagem para evitar contratempos. “Para quem planeja fazer uma viagem para o exterior é muito importante entender ao máximo como funciona o câmbio. Esse é o tipo de conhecimento que evita surpresas desagradáveis, principalmente para quem gosta de ter o orçamento organizado”, diz Alves.
Nesse cenário, Dias, Alves e Geraldo Simões (diretor de câmbio na Terra Investimentos), destacam 8 informações importantes sobre o câmbio que podem fazer diferença na hora de fazer a operação.
A cotação que aparece no noticiário nem sempre é a mesma das casas de câmbio. Isso porque existem dois tipos principais, o comercial e o turismo. Apesar de os dois estarem relacionados ao dólar americano, o dólar comercial e dólar turismo atendem a necessidades diferentes e possuem valores distintos.
O dólar comercial é a cotação usada em grandes operações financeiras e comerciais, como exportações, importações e investimentos estrangeiros. Já o dólar turismo é direcionado às pessoas físicas que precisam da moeda para viajar e fazer intercâmbio fora do país, por exemplo.
Além disso, os especialistas lembram que em alguns bancos de câmbio é possível utilizar o dólar comercial para transações pessoais.
O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um imposto federal pago por pessoas físicas e jurídicas em qualquer operação financeira e, recentemente, o pacote de mudanças das suas regras tem estado no radar dos brasileiros. Agora existe um IOF unificado de 3,5% para a maioria das operações de câmbio, o que inclui compras com cartão, contas digitais internacionais e remessas ao exterior que não estejam relacionadas a investimentos – veja detalhes nesta matéria. O IOF incide no momento em que a operação ocorre — por exemplo, ao adquirir dólar ou realizar uma compra internacional com cartão de crédito.
O valor da moeda estrangeira pode variar de um lugar para outro, já que as casas de câmbio cobram margens diferentes e podem oferecer promoções ou condições especiais. Segundo especialistas, a cotação pode variar mais de 10% entre casas de câmbio de uma mesma cidade. Por isso, pesquisar e comparar é essencial.
Algumas corretoras e casas de câmbio oferecem a opção de agendar a compra de moeda para um momento em que o valor esteja mais favorável. Também existem plataformas digitais que permitem monitorar a cotação em tempo real e até definir alertas.
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O C6 Bank é um dos bancos que possui essa funcionalidade. Em seu aplicativo, é possível programar a compra de moeda estrangeira de acordo com a cotação desejada. Se o cliente quiser comprar dólar apenas quando a moeda estiver abaixo de R$ 4,90, por exemplo, ele pode ir até a seção Conta Global do app, clicar em Câmbio Programado e informar: 1) a cotação exata que funciona para ele; 2) a quantidade de dólares que quer comprar.
O dólar americano é amplamente aceito no mundo, mas isso não significa que levar apenas essa moeda para países onde essa é a divisa oficial seja a opção mais estratégica. Em lugares como o Japão, a Coreia do Sul ou países europeus, usar dólar pode gerar taxas de conversão locais, inclusive mais desfavoráveis. Segundo especialistas, o ideal é trocar diretamente para a moeda local ou usar um cartão internacional com boa cotação e isenção de tarifas escondidas.
Partindo para o ponto de vista da pessoa jurídica, Geraldo Simões, Diretor de Câmbio na Terra Investimentos, completa com mais dicas que são importantes manter no radar:
As empresas, ao realizarem operações de câmbio, devem procurar uma instituição autorizada pelo Banco Central do Brasil (BCB), a fim de manter a segurança jurídica. Além da garantia de procedimentos seguros, essas instituições adotam sistemas de controle antifraude e políticas de prevenção à lavagem de dinheiro, trazendo transparência nos custos e taxas cobradas.
“Tudo deve ser devidamente informado ao cliente por meio do VET (Valor Efetivo Total). Desconfie de ofertas de terceiros sem vínculo claro, nunca entregue valores a pessoas ou empresas que prometem câmbio facilitado ou taxas muito abaixo do mercado”, aponta Simões.
É fundamental garantir que toda a documentação esteja em ordem. Isso evita problemas legais e assegura que a operação seja feita de forma segura e regular. Simões lembra que cada banco ou corretora pode ter exigências específicas. Por isso, é importante conferir os documentos exigidos por cada uma.
O processo de “Conheça seu cliente” (KYC) é parte essencial nesse processo. Segundo ele, se a empresa estiver operando por exportação, remessas ou investimentos, vale ter um checklist adequado para cada caso. A análise prévia protege e ajuda a evitar erros e atrasos.
Com a exposição a moedas como dólar ou euro, é importante se proteger da oscilação do câmbio, mais conhecido como hedge cambial. Existem várias formas de fazer isso: contratos futuros ou opções de dólar, swaps cambiais, contratos a termo (NDF), fundos cambiais, ações de exportadoras ou até manter parte do patrimônio no exterior.
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“A melhor escolha depende do seu perfil, objetivos e volume envolvido. Lembre-se: o hedge não elimina o risco, mas reduz o impacto da volatilidade. Avalie sempre custos, liquidez e tributos antes de decidir”, explica Simões.
Para monitorar a cotação do dólar e de mais divisas em tempo real, o E-Investidor disponibiliza um conversor de moedas online. A ferramenta, que pode ser acessada aqui, obtém dados disponibilizados pelo BCB. Nesta reportagem, explicamos como utilizar a ferramenta.
*Colaborou: Camilly Rosaboni
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