O índice Dow Jones cedeu 0,10%, aos 42.171,66 pontos, o S&P 500 teve variação negativa de 0,03%, aos 5.980,87 pontos, e o Nasdaq subiu 0,13%, encerrando aos 19.546,27 pontos. Os dados são preliminares. A Bolsa de NY não funciona amanhã, em razão do feriado de “Juneteenth”.
Powell afirmou que os impactos dos aumentos tarifários promovidos pelo governo americano “já começam a ser sentidos e devem se intensificar nos próximos meses”. Segundo ele, a “magnitude e duração desse impacto seguem difíceis de estimar”.
As tensões no Oriente Médio continuaram no radar dos investidores, com relatos de que o presidente dos EUA, Donald Trump, teria uma nova reunião, ainda hoje, com seu conselho de segurança. Ao comentar o conflito entre Israel e Irã, Powell reconheceu que “é possível que os preços de energia apresentem alta”, mas ressaltou que esse tipo de evento geopolítico “não altera a forma como conduzimos a política monetária”.
Em meio às incertezas, declarações de Trump indicando que um acordo comercial com a Índia está próximo de ser concluído ofereceram algum suporte aos mercados.
As ações da Tesla subiram 1,78%, em meio a expectativas com o lançamento do robotáxi. A Marvell teve alta de 7,09% após elevar para US$ 55 bilhões sua estimativa de mercado para chips customizados de inteligência artificial até 2028.
A Circle Internet disparou 34,3% após a aprovação do Genius Act pelo Senado dos EUA, projeto que visa regulamentar o mercado de stablecoins. Na esteira de ganhos, os papéis da Coinbase subiram 16,3%. Já a Bitdeer recuou 7,13% após anunciar uma oferta de US$ 300 milhões em títulos conversíveis.
Os mercados em Nova York retomam as negociações na sexta-feira.
Juros dos EUA recuam
Os juros dos Treasuries operaram em baixa hoje, em sessão marcada pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), que manteve inalterados as taxas pela quarta reunião consecutiva. No entanto, dirigentes indicaram que esperam cortes nos juros ao longo do deste ano, algo que também e é a percepção de analistas. Na coletiva de imprensa, por sua vez, o presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizou cautela, lembrando das incertezas que o panorama enfrenta, em especial pela política tarifária. Em razão desta prudência em reduzir os juros, cresce a pressão política sobre o dirigente.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caía a 3,934%. O rendimento da T-note de 10 anos cedia a 4,384%, enquanto o T-Bond de 30 anos recuava para 4,882%.
Entre os 19 dirigentes do Fed, oito acreditam que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4,00%, 50 pontos-base abaixo do nível entre 4,25% e 4,50% mantido na reunião. Outros sete dirigentes acreditam que a taxa terminará 2025 na faixa atual, enquanto outros 2 banqueiros centrais defendem que os juros devem encerrar o ano entre 4% e 4,25%. Já Powell alertou que os aumentos tarifários promovidos pelo governo dos EUA devem elevar a inflação no curto prazo e representam um risco para a estabilidade dos preços. “As expectativas de inflação de curto prazo subiram. As tarifas são um fator relevante”, afirmou. “Os efeitos das tarifas vão depender do nível, mas aumentos neste ano provavelmente pesarão sobre atividade econômica e empurrarão a inflação para cima.”
Para o Commerzbank, os dados de inflação dos últimos três meses têm sido encorajadores, mesmo que a inflação ainda esteja muito alta. “No entanto, ainda se presume que as tarifas se refletirão nos dados de inflação dos próximos meses. Continua sendo importante que esse aumento pontual de preços não se transforme em um problema maior de inflação”, avalia.
“Em última análise, as metas do Fed foram alcançadas ou estão, pelo menos, ao nosso alcance. O Fed não quer comprometer esse sucesso e, portanto, está mantendo sua posição reservada. O Fed continua ignorando a pressão do presidente Donald Trump para cortar as taxas de juros rapidamente. Não vemos razão para alterar nossa previsão de cortes nas taxas de juros em setembro e dezembro”, conclui o banco.
Moedas globais: dólar opera em leve alta
O dólar operou em leve alta ante a maioria das moedas, em sessão que teve como destaque a decisão de política monetária do federal Reserve (Fed), que manteve os juros inalterados. Por sua vez, a comunicação trouxe as perspectivas dos dirigentes para as taxas ao longo deste ano, além dos comentários do presidente Jerome Powell, que voltou a ser criticado por Donald Trump. Neste cenário, as tensões e desdobramentos das disputas entre Israel e Irã seguiram no radar, incluindo uma eventual intervenção americana no conflito.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em alta de alta de 0,09%, a 98,905 pontos. Por volta das 16h50 (horário de Brasília), dólar caía a 145,17 ienes, o euro cedia a US$ 1,1471 e a libra tinha queda a US$ 1,3408.
Entre os 19 dirigentes do Fed, oito acreditam que os juros terminarão 2025 entre 3,75% e 4,00%, 50 pontos-base abaixo do nível entre 4,25% e 4,50% mantido na reunião. Outros sete dirigentes acreditam que a taxa terminará 2025 na faixa atual, enquanto outros 2 banqueiros centrais defendem que os juros devem encerrar o ano entre 4% e 4,25%. Já Powell alertou que os aumentos tarifários promovidos pelo governo dos EUA devem elevar a inflação no curto prazo e representam um risco para a estabilidade dos preços. “As expectativas de inflação de curto prazo subiram. As tarifas são um fator relevante”, afirmou. “Os efeitos das tarifas vão depender do nível, mas aumentos neste ano provavelmente pesarão sobre atividade econômica e empurrarão a inflação para cima.”
A reação inicial do dólar foi discreta, aponta o ING. “Confirma a suspeita de que o câmbio está atualmente muito focado em eventos geopolíticos e nas oscilações do preço do petróleo para interpretar as pequenas nuances da comunicação do Fed”, diz o banco. “Afinal, o próprio Fed está sinalizando muito pouca confiança em suas projeções do gráfico de pontos ou em onde estará o equilíbrio entre inflação e desemprego em alguns meses”, avalia. “O que provavelmente importará mais para o dólar é a reação de Trump ao tom ainda cauteloso do Fed em relação aos cortes. Vimos casos de grandes liquidações de dólares sempre que os mercados sentiram que a independência do Fed estava seriamente em risco”, conclui.
No Reino Unido, com a inflação de serviços ainda elevada, em 4,7%, a pequena queda da inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país, de 3,5% em abril para 3,4% em maio, não levará o Banco da Inglaterra (BoE) a se desviar de sua recente trajetória de cortes trimestrais dos juros, afirma a Capital Economics. A consultoria aponta que o BoE parece estar certo de que manterá as taxas inalteradas em 4,25% amanhã e espera um corte de 25 pontos-base em agosto.