No exterior, os mercados operam com cautela após o adiamento das tarifas comerciais dos Estados Unidos para agosto, o que trouxe algum alívio momentâneo, mas não dissipou as incertezas. As bolsas em Nova York oscilam próximas da estabilidade neste início de tarde, enquanto o petróleo avança com expectativas de maior demanda e tensões no Mar Vermelho. O dólar e os juros dos Treasuries sobem, refletindo a postura ainda agressiva da política comercial americana, apesar dos sinais de negociação com parceiros como a União Europeia.
No Brasil, o dólar recua frente ao real, sustentado pela atratividade dos juros locais e fluxo de capital estrangeiro. Os juros futuros também cedem, influenciados por dados fracos do varejo que reforçam a percepção de desaceleração econômica. Ainda assim, o Ibovespa opera com viés negativo, pressionado por incertezas fiscais e pela falta de catalisadores internos, mesmo com o suporte de ações ligadas a commodities, como Petrobras e Vale. Por volta das 14h, o principal índice da bolsa brasileira caia 0,29% aos 139.079 pontos, enquanto o dólar recuava 0,28% frente ao real, cotado a R$ 5,46.
Entre os papéis do Ibovespa, o setor de commodities se destaca positivamente, com Petrobras e mineradoras como CSN e Vale avançando na esteira da alta do petróleo e do minério de ferro. No varejo, os dados fracos do IBGE pressionam o setor, mas a queda dos juros futuros ameniza parte das perdas, permitindo recuperação pontual em nomes como Natura e GPA. A Oi figura entre as maiores altas após sinalizar possível pedido de Chapter 11 nos EUA. Já Cury oscila com forte volatilidade após divulgação de prévia operacional robusta. Em contrapartida, JBS recua em Nova York após revisões negativas de bancos sobre seu desempenho trimestral.
Publicidade
Conteúdos e análises exclusivas para ajudar você a investir. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Confira todos os vídeos e podcasts diários produzidos pela Ágora Investimentos.
O que este conteúdo fez por você?
Publicidade
