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- Nesta quarta-feira (24), o Carrefour (CRFB3) informou ao mercado que chegou a um acordo para adquirir o grupo Big, ex-Walmart Brasil, por R$ 7,5 bilhões.
- Em fevereiro, o Carrefour divulgou seus resultados referentes ao 4T20. Entre os destaques está o aumento do lucro líquido da rede de supermercados na ordem de 31% se comparado com o mesmo período de 2019, alcançando os R$ 886 milhões
- Logo na primeira hora de pregão as ações da companhia estavam entre as maiores altas do dia, com alta de 14,27% às 11h44.
Nesta quarta-feira (24), o Carrefour (CRFB3) informou ao mercado que chegou a um acordo para a compra do grupo Big, ex-Walmart Brasil, por R$ 7,5 bilhões. Logo na primeira hora de pregão, as ações da companhia estavam entre as maiores valorizações do dia. A alta registrada às 12h34 é de 15,31%.
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Em fevereiro, o Carrefour divulgou os resultados referentes ao 4T20. A rede aumentou o lucro líquido em 31% na comparação com o mesmo período de 2019, alcançando os R$ 886 milhões. Outro ponto positivo foram as vendas, que atingiram R$ 19,873 bilhões, o que representa alta de 24,1% ante ao 4T19.
Com os resultados, o conselho de administração aprovou também no mês de fevereiro o pagamento de R$759 milhões em dividendos complementares para os acionistas.
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Mas, afinal, o que podemos esperar das ações da rede de supermercados após a compra do Big? O E-Investidor conversou com sete casas de análise, entre bancos e corretoras, para saber as recomendações para os papéis da companhia. A recomendação de compra prevalece em cinco indicações.
Ágora Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço alvo:
“Nossa primeira opinião é que este negócio é bom para o Carrefour, dada a avaliação atraente, sinergias significativas e novos caminhos de crescimento. Além disso, estimamos que o negócio pode ser um acréscimo para o lucro em até 20% no ano 3. A aquisição ampliaria a liderança da companhia no mercado e fortaleceria sua posição na região Sul, notoriamente difícil para os players nacionais se expandirem. Acreditamos também que a aquisição deve acalmar algumas das preocupações que os investidores têm sobre o aumento da concorrência, especialmente no segmento de Cash & Carry, dado o ressurgimento do BIG após sua aquisição pela Advent. Haverá, claramente, desafios, com a execução contínua da reestruturação do BIG sendo o principal”, dizem Richard Cathcart e Flávia Meireles, da Ágora.
XP Investimentos
- Recomendação: Neutra
- Preço alvo:
“A aquisição busca trazer complementaridade geográfica, dada forte presença do BIG nas regiões Nordeste e Sul. Vemos a transação como positiva pois ela acelera de forma relevante a expansão do Grupo Carrefour, enquanto há muita sinergia a ser capturada, principalmente através da melhora das margens do Grupo BIG (hoje em 4% vs. CRFB em 7-8%) e expansão do Banco Carrefour para os clientes BIG. A operação ainda está sujeita à aprovação do CADE e deve ser concluída em 2022”, diz Danniela Eiger, analista de Varejo da XP.
UBS
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: €17
“Os acionistas do Carrefour têm afirmado que desejam ver o capital devolvido por meio de recompras, enquanto a gestão tem apontado para oportunidades de M&A criando mais valor. Em nossa opinião, este negócio foi feito com um múltiplo atraente com altas sinergias e fortalece significativamente sua posição competitiva. Esperamos que os investidores respondam positivamente ao negócio” diz Gustavo Piras Oliveira, analista do UBS.
Genial Investimentos
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 26
“Do ponto de vista operacional, espera-se um aumento de rentabilidade das lojas do Grupo BIG à medida que elas são convertidas no formato do Carrefour Brasil, que possui uma oferta comercial melhor. Vale ressaltar ainda que, com a aquisição, o grupo Carrefour Brasil passa a ter acesso a base de clientes do BIG, aumentando o mercado potencial do e-commerce e do crédito do Banco Carrefour. No geral, vemos a aquisição como positiva para o grupo, e deve impulsionar seu crescimento, que já vem acelerado em meio a pandemia “, diz o relatório da Genial.
JP Morgan
- Recomendação: Overweight
- Preço alvo: €19
“Recentemente, nos tornamos construtivos em relação às ações do Carrefour pela primeira vez em três anos. Nossa postura mais construtiva é impulsionada por quatro fatores: ciclo de ganhos favorável, melhoria do comércio atual no Brasil e desconto de avaliação. Esses quatro argumentos permanecem pertinentes. Avaliamos as ações como Overweight”, diz Borja Olcese, do JP Morgan.
Guide
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 28
“A nossa recomendação para Carrefour segue bem positiva após a aquisição do Grupo Big, de acordo com que vimos a compra vai acrescentar 1,7 bilhão no Ebitda para os próximos anos. Com isso, revisamos nosso alvo para R$ 28,00, considerando essa nova aquisição. Então esse é o nosso pensamento, na nossa visão o negócio é bem positivo para a companhia, pois ganha mais escala e relevância, principalmente no atacado”, diz Luis Sales, estrategista-chefe da Guide Investimentos
Easynvest
- Recomendação: Compra
- Preço alvo: R$ 27,00
“A compra do Grupo Big pelo Carrefour foi uma boa aquisição, o valor de R$ 7,5 bilhões não é considerado caro, segundo uma análise independente, só de ativos imobiliários do Big vale em torno de R$ 7 bilhões. A operação, que une o número 1 ao número 3 do varejo alimentar brasileiro, cria uma companhia de R$ 100 bilhões de faturamento anual. Além disso, abre uma enorme possibilidade de crescimento para Carrefour e o mercado esperava este crescimento inorgânico em algum momento e por isso os investidores devem reagir positivamente”, diz José Falcão, especialista em renda variável da Easynvest