Telefônica Brasil (VIVT3), dona da Vivo. (Foto: Adobe Stock)
A Telefônica Vivo (VIVT3) e a Tim (TIMS3) divulgam seus balanços do segundo trimestre de 2025, respectivamente, nos dias 28 e 30 de julho de 2025. Para os analistas do Goldman Sachs, a dona da Vivo pode ter o melhor resultado por continuar crescendo no segmento móvel (celulares), enquanto a Tim enfrenta um momento difícil no pré-pago.
Segundo o banco americano, as duas empresas devem apresentar crescimento da receita, impulsionada pelo segmento de telefonia móvel. Na Telefônica, os analistas estimam avanço de 6,3% nas receitas da Vivo no segundo semestre de 2025, para R$ 14,5 bilhões. “Esperamos que a empresa tenha crescimento da receita de serviços móveis, após aumentos nos preços do pós-pago, mas em meio a tendências mais fracas no pré-pago”, dizem Vitor Tomita e Milenna Okamura, que assinam o relatório do Goldman Sachs.
Os especialistas esperam que a empresa registre um lucro Antes de Juros Impostos Depreciação e Amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 5,86 bilhões no segundo trimestre de 2025, alta de 7,6% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Devido ao crescimento da receita e do Ebitda, a empresa deve apresentar um crescimento de 9,4% no lucro líquido da Telefônica na comparação com o mesmo período do ano passado, com a cifra chegando a R$ 1,34 bilhão.
Tim enfrentará problemas no pré-pago
Já a Tim deve mostrar um avanço anual de 5,2% na receita no segundo trimestre de 2025, para R$ 6,63 bilhões. No segmento móvel, é esperada uma alta de 5,5%, uma desaceleração em relação ao primeiro trimestre de 2025, quando as receitas da Tim subiram 6,2% na comparação com o primeiro trimestre de 2024.
“Após os ventos contrários do pré-pago em trimestres anteriores, a companhia deve continuar enfrentando comparações anuais mais difíceis. Além disso, a disputa com a concorrência e a integração de fusões e aquisições podem ser outros fatores que merecem atenção na divulgação do resultado, pois eles elevam ainda mais o risco sobre a ação”, argumentam Vitor Tomita e Milenna Okamura.
Vitor Tomita e Milenna Okamura, do Goldman Sachs, calculam um Ebitda da Tim de R$ 3,35 bilhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 6,4% na comparação com o mesmo ciclo de 2024. Em meio a esses números, os analistas projetam um lucro líquido ajustado da Tim de R$ 888 milhões, crescimento de 13,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento do lucro da Tim (13,7%) está 4,3 pontos porcentuais acima dos ganhos da Vivo (9,4%).
Telefônica Vivo ou Tim? Veja qual ação comprar agora
Ainda assim, os analistas têm preferência pelas ações da Telefônica Vivo devido às estimativas de que a empresa deve entregar uma maior rentabilidade operacional, medida pela margem Ebitda, no acumulado de 2025. O banco manteve sua recomendação de compra para as ações VIVT3 e elevou o preço-alvo de R$ 30,50 para R$ 32,00, alta de 2,26% na comparação com o fechamento de quinta-feira (17).
Já no caso da Tim a recomendação é neutra com preço-alvo de R$ 21, alta de 1,54% em relação ao término do pregão de quinta-feira (17), quando a ação encerrou o pregão a R$ 20,68. Sendo assim, entre as ações da Vivo (VIVT3) e da Tim (TIMS3), o Goldman Sachs tem uma preferência clara pela empresa controlada pela espanhola Telefônica.