Veja o que esperar dos balanços de bancos no 2º trimestre. (Foto: Adobe Stock)
A temporada de balanços financeiros dos bancos começa em 30 de julho e, na avaliação do Citi, a prudência e a desaceleração do crédito aparecerão nos números. O banco projeta que Bradesco (BBDC4), Nubank (ROXO34) e BTG Pactual (BPAC11) apresentarão resultados positivos, enquanto Santander (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) devem divulgar desempenho negativo no segundo trimestre.
Segundo o Citi, a postura conservadora e o foco na qualidade dos ativos devem persistir neste trimestre, pois a originação de empréstimos pelas instituições financeiras tradicionais segue fraca, ao passo que os bancos digitais mantêm forte expansão.
“Apesar das diferenças no apetite ao risco, prevemos uma preferência geral por empréstimos com garantia, dado o ambiente de altas taxas de juros e a ameaça que isso representa à qualidade dos ativos. Com a implementação do programa 4.966 no primeiro trimestre de 2025, esperamos que a maior comparabilidade entre as empresas neste trimestre atraia a atenção dos investidores”, disseram os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Amon Shirazi.
O que esperar dos balanços de bancos no 2º trimestre?
Para o Bradesco, o Citi espera que as receitas melhorem, provavelmente consolidando uma recuperação gradual da lucratividade. Já nos modelos de risco do Nubank, os analistas preveem melhora significativa nos limites de crédito, e a nova aceleração pode ser bem recebida pelos investidores, principalmente em meio às recentes reformulações na gestão. “Esperamos que o BTG mostre força graças ao seu fluxo de receita diversificado.”
Do lado negativo, o Citi prevê um trimestre fraco para o Santander, com avanço tímido da carteira de empréstimos, pressões sobre a Receita Líquida de Juros (NII) do mercado e ganhos limitados de eficiência. “Portanto, abrimos uma Observação Negativa do Catalisador, antecipando uma reação negativa dos preços aos resultados. Também esperamos que o Banco do Brasil apresente um guidance em meio a pressões sobre despesas de provisionamento.”
O banco também revisou as estimativas para BTG, BRB (BRBI11), Itaú (ITUB4) e Santander. “Embora tenhamos atualizado recentemente a maior parte de nossa cobertura, aproveitamos a oportunidade para atualizar nossos modelos para algumas empresas”, disseram os analistas.
No caso do BTG, o Citi projeta melhorias sequenciais e uma convergência gradual às projeções, o que se traduz em revisões para cima nos lucros e em novo preço-alvo, que passou de R$ 40 para R$ 47. Para o Banco de Brasília (BRB), os analistas estimam queda mais moderada dos lucros em relação ao ano anterior, o que levou à elevação do preço-alvo de R$ 16 para R$ 18.
“No Itaú, o Citi segue considerando a execução e a diversificação do banco como positivas, especialmente diante de possível deterioração macroeconômica. Nosso preço-alvo passa para R$ 42. Por fim, reduzimos nossas estimativas para o Santander e reiteramos o preço-alvo de R$ 28″, informou o Citi.