O Dow Jones fechou em queda de 0,32%, aos 44.342,19 pontos. O S&P 500 recuou 0,01%, aos 6.296,79 pontos. O Nasdaq terminou o dia com alta de 0,05%, aos 20.895,66 pontos. O Dow Jones terminou a semana com leve queda de 0,07%. O Nasdaq acumulou ganho semanal de 1,51% e o S&P 500, de 0,59%.
As ações da 3M recuaram 3,65% e responderam pela maior queda porcentual do Dow Jones após a empresa reduzir sua projeções de vendas orgânicas no ano para um aumento de 2%, ante a projeção anterior de alta entre 2% e 3%. A American Express perdeu 2,35%.
No Nasdaq, a alta da Constellation Energy (4,43%) ajudou a atenuar a pressão da Netflix (5,7%). Mesmo após a empresa de streaming elevar as projeções para o ano, citando ajuda do dólar, os múltiplos elevados pesaram sobre o ativo. “Com as ações em alta de cerca de 40% no acumulado do ano e sendo negociadas a aproximadamente 40 vezes (o lucro projetado em 12 meses), acreditamos que as expectativas permanecem elevadas, o que, em nossa opinião, explica em grande parte a reação moderada das ações”, escreveram analistas do BofA, que seguem otimistas sobre o desempenho da Netflix.
A GE Aerospace terminou em alta de 1,2%, a US$ 263,43 após a gigante industrial aumentar sua previsão de lucros para o ano inteiro e superar as expectativas em termos de receitas e lucro no segundo trimestre, já que a demanda por seus serviços está acalmando preocupações sobre turbulência macroeconômica e custos tarifários. O preço alvo para as ações foi elevado pelo Citigroup (de US$ 296 para US$ 309), UBS (de US$ 300 para US$ 321) e o RBC Capital (de US$ 275 para US$ 300).
Pela manhã, os índices acionários pouco reagiram à melhora no sentimento do consumidor e das expectativas de inflação dos EUA.
Juros operam em baixa, de olho em sentimento do consumidor
Os juros dos Treasuries operaram em leve queda hoje, em uma sessão que teve como destaque uma leitura apresentando melhora no sentimento do consumidor nos Estados Unidos. Sem novos desdobramentos das disputas tarifárias e da potencial ingerência do presidente Donald Trump no comando do Federal Reserve (Fed), os comentários de dirigentes da autoridade sobre os próximos passos da autoridade monetária também foram alvo de atenção.
Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos caia a 3,874%. O rendimento da T-note de 10 anos recuava a 4,427%, enquanto o do T-Bond de 30 anos tinha queda a 5,000%.
O índice de sentimento do consumidor elaborado pela Universidade de Michigan subiu de 60,7 em junho para 61,8 em julho. O resultado veio acima do esperado por analistas consultados pela FactSet, que previam alta a 61,5. Esse também é o valor mais alto do indicador em cinco meses. A Capital Economics avalia que a leve alta sugere uma melhora modesta no humor das famílias, ainda que a confiança geral continue fraca. Segundo a consultoria, a principal explicação para o avanço foi a “redução das preocupações com os possíveis impactos das políticas de Trump, sobre a economia, as finanças pessoais e o poder de compra”.
O diretor do Fed, Christopher Waller, disse que quer “garantir” que não haverá pouso forçado da economia dos EUA. Na visão dele, este é um dos motivos que justifica um “corte de segurança” nas taxas de juros para apoiar a atividade doméstica. O dirigente observou que alguns colegas do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) compartilham a opinião sobre a necessidade de flexibilizar a política monetária em breve, sem citar nomes, mas admitiu que outros mantêm postura cautelosa.
O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, afirmou que as taxas de juros americanas podem cair consideravelmente ao longo do próximo ano, em comparação ao nível em que estão agora. “Mas, você sabe, não gosto de ficar de mãos atadas antes das reuniões”, disse. Goolsbee disse que a inflação continuamente em queda rumo à meta de 2%, a solidez da economia americana e o mercado de trabalho próximo do pleno emprego dão confiança sobre as condições para flexibilização monetária. No entanto, o dirigente admitiu que há “alguns sinais preocupantes” em dados recentes sobre a inflação.
Para a Oxford Economics, um Fed mais agressivo no ambiente atual corre o risco de elevar os rendimentos dos títulos de longo prazo, o que pesaria sobre as famílias e as empresas.
Dólar cai após defesa de cortes de juros dentro do Fed
O dólar operou em queda nesta sexta-feira, sem sustentar os ganhos da véspera, repercutindo declarações de um diretor do Federal Reserve em defesa de um corte das taxas de juros. A fraqueza da moeda se manteve mesmo após o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que não deixará ninguém brincar com o dólar, ao mesmo tempo em que manteve as sinalizações de que divulgará novas “cartas tarifárias”, o que tem pesado sobre a divisa dos EUA.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, fechou em baixa de 0,26%, a 98,482 pontos. Por volta das 16h50 (de Brasília), a divisa americana subia a 148,79 ienes, enquanto o euro se apreciava a US$ 1,1622 e a libra cedia a US$ 1,3414.
O diretor do Fed, Christopher Waller, disse querer “garantir” que não haverá pouso forçado da economia dos EUA, em entrevista para a Bloomberg TV . Na visão dele, este é um dos motivos que justifica um “corte de segurança” nas taxas de juros para apoiar a atividade doméstica.
O enfraquecimento do dólar tem ajudado a dar impulso sólido aos lucros das empresas americanas do início do segundo trimestre, mas pode estar mascarando a fraqueza da demanda doméstica e potenciais pressões sobre as margens de lucro com tarifas. Dados da Apollo Global sugerem que as empresas dentro do índice S&P 500 geram cerca de 41% de sua receita total fora dos EUA, e um dólar mais fraco aumenta o valor desses ganhos externos quando se trata de relatórios financeiros apresentados na moeda americana. A Netflix esteve entre as empresas que citaram o impulso do câmbio.