Ações da Usiminas (USIM5) disparam hoje na Bolsa. Foto: Adobe Stock
Em mais um dia de alta do minério de ferro, as ações da Usiminas (USIM5) lideram os ganhos do Ibovespa nesta terça-feira (22). Às 14h16, os papéis da empresa saltavam 7,98% e eram negociados a R$ 4,33. Mais cedo, chegaram a alcançar máxima a R$ 4,37. Fecharam com alta de 5,99%, a R$ 4,,25.
Em Cingapura, o contrato futuro do minério para entrega em agosto subiu 2,10%, cotado a US$ 105,65 a tonelada. Esse foi o preço mais alto negociado na Bolsa local desde outubro de 2024.
O movimento acompanha o anúncio do início das obras de uma mega barragem no Tibete, no que pode ser a maior hidrelétrica do mundo, segundo o jornal South China Morning Post. A construção será localizada no curso inferior do Rio Yarlung Tsangpo. A capacidade de geração esperada é de 300 bilhões de quilowatts-hora.
Na Bolsa chinesa de Dalian, o minério também subiu. O contrato mais negociado da commodity, para setembro de 2025, fechou em alta de 2,49%, cotado a 823 yuans por tonelada, o equivalente a US$ 114,68. O segundo contrato mais negociado, para janeiro de 2026, terminou o pregão em alta de 2,85%, a 793,5 yuans, o equivalente a US$ 110,57 por tonelada.
Outras ações do setor de mineração e siderurgia também se saem bem no pregão. Os ativos da CSN (CSNA3) avançam 6,88%, enquanto os papéis de Bradespar (BRAP4), Vale (VALE3) e Gerdau (GGBR4) registram ganhos de 3,02%, 2,87% e 1,99%, respectivamente.
Expectativas para o 2º trimestre
Em relatório, o UBS BB avalia que um resultado fraco para o segundo trimestre da Usiminas já parece precificado pelo mercado e que agora os riscos para a companhia se inclinam para o lado positivo. A projeção do banco é de um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 533 milhões para o período, o que representa uma desaceleração de 27% na comparação trimestral
“Dado o desempenho recente inferior, argumentaríamos que o consenso já se ajustou, e as expectativas parecem ter atingido um fundo”, escreveram os analistas Caio Greiner, Arthur Biscuola e Fernanda Sardinha.
A tese deles é que a ação está muito descontada e que, com o comando da Ternium, há uma “luz no fim do túnel” para a Usiminas. Existe ainda a expectativa de que os custos da empresa caiam à frente, o que implica em um risco de alta para os lucros do segundo semestre de 2025 – fator que não parece estar embutido nos preços atuais das ações.
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O UBS BB reiterou a recomendação neutra para a Usiminas, com preço-alvo de R$ 7 em 12 meses, uma valorização de 78% ante os R$ 3,92 do fechamento de segunda-feira (21).