A valorização do IBOV seguiu o exterior puxada pelas ações Petrobras (PETR3; PETR4). Enquanto os papéis ordinários (PETR3) subiram 2,23%, os preferenciais (PETR4) avançaram 2,04%, após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovar acordo para produção compartilhada com a Brava Energia (BRAV3) – que encerrou em alta de 2,84% – no pré-sal de Jubarte.
“Acaba sendo um movimento global. Os investidores ficaram bem animados com esses acordos recentes sobre tarifas dos Estados Unidos [com o Japão] e esperam muito mais nos próximos dias”, diz Bruno Takeo, estrategista da Potenza Capital. Donald Trump reduziu tarifas de 25% para 15% para o Japão e prevê US$ 550 bilhões em investimentos nos EUA.
Com a queda do minério de ferro (-0,61%), a mineradora Vale (VALE3) cedeu 0,14%, contaminando os demais papéis do setor de metais, com investidores avaliando como positivos alguns dados operacionais da empresa do segundo trimestre considerados sólidos. Na terça-feira (22), a mineradora reportou alta de 3,7% na produção de minério no segundo trimestre de 2025, alcançando 83,599 milhões de toneladas (Mt), ante o mesmo período do ano passado.
No noticiário corporativo, desponta também a Weg, que reportou alta de 10,4% no lucro líquido do segundo trimestre, para R$ 1,59 bilhão. O lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) somou R$ 2,26 bilhões de abril a junho. As ações da empresa, no entanto, fecharam em queda de 8,01% a R$ 38,01.
O que impactou o Ibovespa hoje?
Dólar sofre queda em dia de agenda esvaziada
A agenda de indicadores hoje está vazia aqui e no exterior, com destaque a resultados corporativos, como os casos de Weg e Vale, no Brasil, além da Tesla (TSLA34) e Alphabet (GOGL34) nos EUA.
No mercado de câmbio, o dólar hoje abriu em estabilidade, com leve alta de 0,2%, negociado a R$ 5,5716. Ao final do dia, a moeda americana encerrou em queda de 0,79% a R$ 5,5230.
Bolsas de Nova York sobem com acordos comerciais no radar
As bolsas de Nova York fecharam em alta nesta quarta-feira, com apetite de risco renovado pelo acordo comercial entre os EUA e o Japão. Dow Jones avançou 1,14%, enquanto S&P 500 e Nasdaq registraram ganhos de 0,78% e 0,61%, respectivamente nesta tarde.
O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou na terça-feira à noite que fechou um acordo comercial com o Japão. O país asiático agora pagará uma alíquota tarifária de 15%, ante os 25% impostos por Trump no começo de julho. “Acabamos de concluir um grande acordo com o Japão, talvez o maior acordo já feito. O Japão investirá, sob minha orientação, US$ 550 bilhões nos EUA, que receberão 90% dos lucros”, escreveu o republicano na rede social Truth.
Bolsas da Europa fecham em alta com acordo entre EUA e Japão
As bolsas europeias fecharam na maioria em alta nesta quarta-feira, após notícia de que EUA e Japão firmaram um acordo comercial e enquanto investidores avaliam mais balanços corporativos da região.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em valorização de 1,08%, a 550,24 pontos. Em Londres, o FTSE 100 subiu 0,42%, a 9.061,49 pontos. Em Frankfurt, o DAX avançou 0,73%, a 24.217,10 pontos. Em Paris, o CAC 40 ganhou 1,37%, a 7.850,43 pontos.
Bolsas asiáticas fecham em alta
As bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, lideradas pela de Tóquio, com o acordo entre Estados Unidos e Japão. O índice japonês Nikkei saltou 3,51% em Tóquio, a 41.171,32 pontos, assegurando o maior ganho diário desde 10 de abril e atingindo o maior patamar desde julho de 2024. O setor automotivo teve o melhor desempenho: as ações da Mazda, da Subaru e da Toyota dispararam 18%, 17% e 14%, respectivamente.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 1,62% em Hong Kong, a 25.538,07 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi registrou alta de 0,44% em Seul, a 3.183,77 pontos, e o Taiex subiu 1,44% em Taiwan, a 23.318,67 pontos. Na China continental, o Xangai Composto ficou praticamente estável, com alta marginal de 0,01%, a 3.582,30 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto caiu 0,54%, a 2.177,21 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo pregão consecutivo, com ganho de 0,69% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.737,20 pontos.
Esses e outros dados ficaram no radar dos investidores no Ibovespa hoje e movimentaram a negociação da Bolsa de Valores brasileira.
*Com informações de Maria Regina Silva, Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast