Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nova data de divulgação do balanço do segundo trimestre nesta sexta-feira (25). Foto: Adobe Stock
O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta sexta-feira (25) uma nova data para a divulgação do seu balanço do segundo trimestre. Antes previsto para sair no dia 13 de agosto, agora o resultado deve ser apresentado em 14 de agosto, uma quinta-feira, após o fechamento do mercado.
A live de apresentação dos resultados, anteriormente marcada para 14 de agosto, será realizada no dia 15, uma sexta-feira, às 9h (horário de Brasília). O evento será transmitido ao vivo em português, com tradução simultânea para o inglês e libras, e poderá ser acessado por link disponibilizado na página de Relações com Investidores (RI).
De acordo com o comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), entre 30 de julho e 14 de agosto, o BB estará em período de silêncio – nome dado ao intervalo em que companhias restringem sua comunicação ao mercado. “A iniciativa busca atender às melhores práticas de governança corporativa garantindo a equidade no tratamento das informações”, afirmou a empresa.
Estimativas para o balanço do BB
Na avaliação do Safra, o BB terá o pior resultado entre os quatro maiores bancos no período. Segundo as projeções da equipe, a empresa deve apresentar lucro líquido de R$ 4,64 bilhões no ciclo de abril a junho deste ano, uma queda de 51,1% na comparação com o mesmo intervalo de 2024.
Já o JPMorgan reduziu sua estimativa de lucro líquido do BB para R$ 4,9 bilhões no trimestre, 19% inferior à anterior. O banco também cortou marginalmente a projeção para o terceiro trimestre, agora em R$ 6 bilhões, devido a um ambiente mais desafiador no agronegócio. “Para o ano de 2025, reduzimos nossa estimativa de lucro para R$ 25 bilhões, o que significa que a ação BBAS3 está sendo negociada a 4,7 vezes o lucro estimado para 2025 e a 3,9 vezes para 2026″, destaca.
Embora os investidores já esperem um segundo trimestre desafiador, o JPMorgan acredita que ele deve ser ainda mais difícil. O banco gringo estima que a formação de novos créditos problemáticos no agronegócio pode dobrar na comparação trimestral, partindo de uma base já pressionada nos três primeiros meses deste ano.
O Goldman Sachs, por sua vez, espera que o lucro do Banco do Brasil no segundo trimestre fique em torno de R$ 5 bilhões, uma queda de 32% em relação aos três primeiros meses do ano e de 48% na comparação anual. O principal ponto de atenção, porém, deve ser o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE), projetado em 11% – o menor nível em 9 anos, segundo analistas do Goldman, distante dos 16,2% registrados no primeiro trimestre.
O Santander colocou o BB como um dos possíveis nomes negativos da temporada de balanços. A casa projeta um lucro líquido ajustado de R$ 4,8 bilhões. “Nossos números mais fracos refletem uma deterioração adicional na carteira de crédito do agronegócio ao longo do trimestre, o que provavelmente levou a um novo aumento na formação de inadimplência e, como consequência, a maiores provisões (dinheiro reservado para cobrir os ‘calotes’ dos clientes)”, diz.
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O Bank of America (BofA) também espera que o balanço do Banco do Brasil do segundo trimestre seja “significativamente pior” do que o referente ao primeiro trimestre – veja as projeções em detalhe nesta matéria. “Embora a deterioração da carteira rural tenha sido o foco das preocupações do mercado, notamos que a deterioração tem sido generalizada“, ressalta o banco, destacando a alta da inadimplência no crédito corporativo e no consumo.