Dona de casa também tem direitos no INSS, entenda como garantir os seus
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Embora não esteja ligado a uma carteira assinada, o trabalho de uma dona de casa é essencial, e sim, ele pode garantir benefícios previdenciários. O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) oferece formas de proteção para mulheres que se dedicam exclusivamente ao lar, e entender como isso funciona é um passo importante para segurança e autonomia.
Donas de casa podem contribuir para a Previdência?
Sim, e de forma legalizada. Quem exerce atividades domésticas sem remuneração formal pode se cadastrar como segurada facultativa e começar a contribuir ao INSS por conta própria.
Conforme o órgão, existem três faixas de contribuição disponíveis, adaptadas a diferentes condições financeiras:
20% sobre o valor que você escolher como base de cálculo: essa é a contribuição padrão e pode garantir uma aposentadoria maior.
11% sobre o salário mínimo: ideal para quem busca um valor mais acessível sem abrir mão dos principais direitos, como a aposentadoria por idade.
5% do salário mínimo: exclusiva para quem está inscrita no Cadastro Único (CadÚnico) e cuja renda familiar mensal não ultrapasse dois salários mínimos.
Quais benefícios é possível ter acesso?
Contribuir regularmente não significa apenas pensar na aposentadoria. A Previdência também oferece suporte em momentos de necessidade. Com o pagamento em dia, a dona de casa pode ter direito a:
Esses auxílios servem como um respaldo financeiro em fases delicadas da vida, especialmente quando há problemas de saúde ou perda de um provedor familiar.
Como formalizar a contribuição?
O processo é simples e digital. O primeiro passo é o cadastro como segurada facultativa, feito pelo site ou aplicativo Meu INSS. Depois, é só:
Definir a alíquota mais compatível com sua realidade;
Gerar a Guia da Previdência Social (GPS);
Efetuar o pagamento mensalmente, em bancos ou lotéricas.
E se eu parar de contribuir?
Ao interromper os pagamentos, perde-se automaticamente a qualidade de segurada, o que impede o acesso aos benefícios. Se em algum momento você quiser voltar a contribuir, precisará cumprir novamente o período de carência exigido para algumas assistências.
Por isso, o ideal é manter a regularidade dos pagamentos, mesmo que com o valor mínimo, para preservar seus direitos.
Se você, dona de casa, ainda não começou a contribuir, pense nisso como um investimento pessoal e familiar. Avalie qual categoria cabe no seu orçamento e dê o primeiro passo rumo à proteção previdenciária.