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O primeiro pregão do mês traz cautela nas bolsas de valores internacionais, após a Casa Branca divulgar ontem à noite uma lista de tarifas recíprocas ajustadas a 69 parceiros comerciais dos Estados Unidos, incluindo o Brasil. Há expectativa também pelo payroll dos EUA.
Assim como suas pares no exterior, o Índice Bovespa hoje pode ter um dia de perdas diante do vaivém de Donald Trump com tarifas comerciais e sua ofensiva mais dura com o Brasil. Balanços corporativos também guiam o humor na Bolsa, como os da Gerdau (GGBR4) e da Vale (VALE3), que registou lucro líquido atribuível de US$ 2,117 bilhões no segundo trimestre – confira o balanço na íntegra.
Em relação às commodities hoje, o minério de ferro fechou em queda de 0,19% em Dalian, na China, enquanto o petróleo recua em torno de 0,40% nesta manhã.
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No câmbio local, o dólar hoje abriu em alta de 0,32%, negociado a R$ 5,6189 na venda. O movimento acompanha a valorização da moeda americana no exterior após alcançar o pior mês do ano, no último fechamento, com o desenrolar das tarifas dos EUA (leia mais abaixo).
A Casa Branca divulgou na noite da quinta-feira uma lista de tarifas recíprocas ajustadas para 69 parceiros comerciais, de 10% a 41%, que entram em vigor no dia 7.
O documento indica uma tarifa de 15% para países como Venezuela, Costa Rica, Bolívia, Nigéria e Turquia. A tarifa ajustada para Taiwan é de 20%, ante 32% quando anunciada em 2 de abril.
A lista das tarifas recíprocas divulgada pelos EUA menciona a cobrança de 10% para o Brasil, que se somará à tarifa adicional de 40% sobre certos produtos brasileiros.
A Casa Branca emitiu o comunicado poucas horas antes da meia-noite do prazo de 1° de agosto imposto por Donald Trump após decisão anterior em que tinha feito uma pausa em faixas mais elevadas. Trump sinalizou que está aberto à negociação de novos acordos, inclusive com o Canadá.
Na quinta-feira, a justiça dos EUA anunciou sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que será punido pela Lei Magnitsky. A legislação é destinada para autoridades de regimes ditatoriais e condenados por tortura e tráfico humano. Entre as penalidades estão a proibição de entrar nos Estados Unidos e o bloqueio de bens e propriedades que estejam localizados no território americano – entenda mais sobre o caso nesta matéria.
O relatório de emprego americano de julho, conhecido como payroll, deve evidenciar ainda mais a desaceleração do mercado de trabalho nos Estados Unidos, em um momento em que investidores seguem em dúvida sobre se o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) terá espaço para mexer na taxa de juros na reunião de setembro.
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Analistas esperam a criação de 101 mil postos no mês, de acordo com a mediana de 25 projeções compiladas pelo Projeções Broadcast. As projeções vão de zero a 170 mil. Caso se confirme, o número da mediana representará mais uma desaceleração do indicador, depois da criação de 147 mil vagas em junho e 139 mil postos de trabalho em maio.
O dólar teve um pregão volátil na última quinta-feira (31), depois de abrir a sessão com ganhos contra o real. No início da manhã, a moeda americana chegou a bater R$ 5,62, mas reduziu o ritmo até encerrar o dia a R$ 5,6008, com uma alta de 0,21%.
O desempenho do dia consagrou julho como o pior mês do câmbio em 2025, com uma valorização acima de 3% do dólar à vista – encerrando julho com uma valorização de 3,07%, a maior desde novembro de 2024.
Já nesta sexta-feira, o dólar opera em alta ante euro e libra, mas perde terreno para o iene, após o governo Trump anunciar tarifas “recíprocas” para mais dezenas de parceiros comerciais. No câmbio local, o real pode se desvalorizar ante o dólar, a exemplo da maioria das divisas nesta manhã.
A produção industrial subiu 0,1% em junho ante maio, na série com ajuste sazonal, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação a junho de 2024, a produção caiu 1,3%. No acumulado do ano, a indústria subiu 1,2%. No acumulado em 12 meses, houve alta de 2,4%, ante aumento de 2,8% até maio. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria registrou baixa de 0,4% em junho.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Thais Porsch, Patricia Lara, Luciana Xavier e Silvana Rocha, do Broadcast
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