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Os mercados globais encerraram a terça-feira (5) com sinais mistos, como as bolsas americanas, que fecharam em baixa em meio à divulgação de dados fracos do setor de serviços nos Estados Unidos e ao aumento das expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve System (Fed, o banco central americano).
A entrevista do presidente americano, Donald Trump, à CNBC adicionou tensão ao cenário ao trazer novas ameaças tarifárias à União Europeia e críticas ao Fed — sem menções ao Brasil. Em Nova York, o viés de baixa predominou entre os principais índices, refletindo a postura mais cautelosa dos investidores diante do cenário econômico. Na Europa, por outro lado, a maioria das bolsas fechou em alta, impulsionadas pela divulgação de balanços corporativos e dos Índice de Gerentes de Compras (PMIs) da região.
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No mercado de commodities (matérias-primas), o petróleo voltou a recuar diante do aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+). O índice dólar operou estável frente às principais moedas, e os Treasuries (títulos de renda fixa de dívida pública do governo norte-americano) apresentaram leve alta nos vencimentos curtos e queda nos longos – refletindo ajustes nas expectativas de política monetária.
No Brasil, o Ibovespa – o principal índice da B3, a Bolsa de Valores brasileira – fechou em alta moderada, sustentado pela ausência de declarações de Trump sobre o país, o que ajudou a aliviar os receios de retaliações externas em meio às tensões políticas internas. A ata do Comitê de Políticas Monetárias (Copom), divulgada pela manhã, reforçou o tom conservador do Banco Central, sinalizando a manutenção da Selic em 15%, o que limitou o avanço dos juros futuros.
O principal índice da B3 encerrou o dia com valorização de apenas 0,14%, aos 133.151 pontos, com giro financeiro reduzido de R$ 18,8 bilhões. No câmbio, o dólar manteve-se estável, negociado próximo de R$ 5,50.
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