Itaúsa (ITSA4) vai pagar mais de R$ 2 bilhões em proventos. Foto: Adobe Stock
A Itaúsa(ITSA4), holding de investimentos que faz parte do bloco de controle do Itaú Unibanco (ITUB4), e a maior da América Latina, registrou lucro líquido recorrente de R$ 4,037 bilhões no segundo trimestre de 2025, crescimento de 11% em relação ao mesmo período do ano passado.
O crescimento do lucro da Itaúsa no 2T25 veio principalmente da expansão do resultado do Itaú, que teve ganho recorde no período, de R$ 11,5 bilhões. No segundo trimestre, o Itaú gerou para a Itaúsa um resultado recorrente de R$ 4,118 bilhões, crescimento de 12,3% em um ano. Já o resultado gerado pela Alpargatas (ALPA4), que passou por reestruturação, saltou 215% em um ano, para R$ 30 milhões, enquanto o da Dexco(DXCO3) caiu 78,6%, para R$ 9 milhões. A Motiva (MOTV3), ex-CCR gerou R$ 41 milhões, recuo anual de 2,9%.
Ao todo, o valor de mercado das empresas que a Itaúsa investe somou R$ 159,3 bilhões ao final do segundo trimestre, valorização de 24%. Já a Itaúsa fechou o período valendo menos que isso, avaliada em R$ 120 bilhões na B3.
O presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, ressalta no relatório que acompanha o balanço, que mesmo com os desafios que marcaram os últimos meses, tanto externos, com acirramento das tensões geopolíticas e mudanças na política comercial dos Estados Unidos, como locais, incluindo a inflação acima da meta e juros maiores, a holding teve lucro líquido recorde no segundo trimestre.
O portfólio de investimentos da Itaúsa registrou resultados 11% superiores ao ano passado, com destaques para o Itaú Unibanco, acrescenta o executivo. De abril a junho de 2025, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) recorrente da Itaúsa ficou em 18,4%, ante 17,7% um ano atrás. A dívida líquida da Itaúsa ficou em R$ 587 milhões no final junho, recuo de 30% em relação ao montante do mesmo período de 2024. A queda é explicada por um movimento de gerenciamento de passivos iniciado em 2022. Em mais um passo, a Itaúsa anunciou em junho o pré-pagamento de debêntures no valor de R$1,25 bilhão, o que permitiu reduzir seu endividamento bruto, custo médio da dívida, despesas financeiras e a concentração de vencimentos, explica Setubal nos comentários no balanço.