

O Citigroup (CTGP34) anunciou lucro líquido recorde no Brasil, de R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre, crescimento de 45% na comparação com a primeira metade de 2024.
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O Citigroup (CTGP34) anunciou lucro líquido recorde no Brasil, de R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre, crescimento de 45% na comparação com a primeira metade de 2024.
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De um ano para cá, o banco americano viu seu retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) subir de 14% para 20%, superando a previsão da própria casa. A carteira de crédito do banco, que no Brasil opera só com empresas, fechou junho em R$ 49 bilhões, estável na comparação com o mesmo período de 2024.
Juros altos e as incertezas trazidas pelo tarifaço de Donald Trump afetaram esse mercado, afirma o presidente do Citi no Brasil, Marcelo Marangon. Nesse ambiente, o banco ficou mais cauteloso na escolha de novos clientes.
“Tivemos menor demanda de clientes, por juro alto e um pouco de incerteza em relação à questão das tarifas, que gerou postergação de investimentos”, disse Marangon.
Apesar do crédito mais comportado, Marangon ressalta que foi um semestre “bastante sólido”.
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“Mostra que todos os investimentos que fizemos ao longo dos anos colocaram o banco em novo patamar”, disse o presidente do Citi.
O banco fechou junho com depósitos de R$ 84 bilhões, expansão anual de 17%, e ativos de R$ 189 bilhões, queda de 11%. Essa queda, explica Marangon, foi provocada pela nova instrução do Banco Central, a 4.966, que reclassifica ativos — no caso do Citi, principalmente de câmbio. Se excluída a medida, o banco teria crescido os ativos em 4%.
Apesar do ambiente mais desafiador, a inadimplência ficou em 0,8% da carteira. Segundo Marangon, o banco tem clientes já de muitos anos, que conhece bem. Para novos clientes, tem sido seletivo:
“A grande maioria do nosso negócio é o cliente que temos relacionamento histórico. E fomos muito seletivos na adição de novos clientes.”
A alta do ROE para 20% é explicada pelo aumento da receita com operações que não dependem da atividade econômica, mas sim do dia a dia das empresas, como câmbio, derivativos, gestão de caixa e pagamentos. Com isso, o banco fica menos dependente de operações mais ligadas à economia, como assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações.
“Normalmente, um ROE normalizado para nós era na casa dos 17%, 18%”, ressalta o executivo.
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Para ofertas de ações, a expectativa é que só voltem no começo de 2026. Já em fusões e aquisições, Marangon disse que as conversas entre empresários têm aumentado, com consolidação de setores e grupos econômicos — como no caso da fusão da BRF com a Marfrig, que teve o Citi como um dos assessores —, mas muitas negociações acabam esfriando pela conjuntura de maior incerteza.
No mercado de renda fixa internacional, de 20 transações no primeiro semestre, o Citigroup (CTGP34) participou de 13.
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