O setor financeiro seguiu no radar, após Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmar que instituições financeiras brasileiras poderão ser punidas internamente se bloquearem ativos com base em ordens dos Estados Unidos. Os sinais foram mistos no pregão. Os papéis do Banco do Brasil (BBAS3) recuaram 0,86%, enquanto os ordinários do Bradesco (BBDC3) cederam 0,29% e os preferenciais (BBDC4), 0,32%. Já Itaú (ITUB4) e Santander (SANB11) apresentaram ganhos de 0,11% e 0,07%, respectivamente. BTG Pactual (BPAC11) teve a maior queda, de 0,95%.
Em Nova York, S&P 500, Dow Jones e Nasdaq caíram 0,4%, 0,34% e 0,34%, respectivamente. Dados vindos dos Estados Unidos trouxeram interpretações diferentes. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto subiu de 55,1 em julho para 55,4 em agosto, atingindo o maior patamar em oito meses, segundo levantamento preliminar publicado pela S&P Global. O resultado surpreendeu analistas consultados pela FactSet, que previam queda do PMI composto a 54,5 neste mês.
O número de pedidos de auxílio-desemprego nos EUA subiu 11 mil na semana encerrada em 16 de agosto, para 235 mil, segundo pesquisa divulgada pelo Departamento do Trabalho. O resultado ficou acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 229 mil solicitações.
“Com isso a economia segue aquecida no agregado, mas já começa a dar sinais de perda de ritmo em algumas áreas”, avalia Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital. “Parte do mercado acredita que o Federal Reserve (Fed) já poderia iniciar uma série de cortes de juros e outra parte acredita que ainda é cedo”, acrescenta.
O dólar hoje fechou em alta de 0,11% cotado a R$ 5,4791. Já o índice DXY, que compara a moeda americana com seis divisas fortes, encerrou em valorização de 0,41% aos 98,619 pontos.
As maiores altas do Ibovespa hoje
As três ações que mais valorizaram no dia foram Braskem (BRKM5), RD Saúde (RADL3) e Motiva (MOTV3).
Braskem (BRKM5): 3,79%, R$ 8,22
As ações da Braskem (BRKM5) registraram a maior alta do Ibovespa hoje e subiram 3,79% a R$ 8,22. Em relatório, o Citi atualizou seu modelo para a empresa e reduziu seu preço-alvo para R$ 11 por ação, considerando os dados mais baixos do que o esperado do segundo trimestre.
A BRKM5 está em baixa de 5,73% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 29,02%.
RD Saúde (RADL3): 2,01%, R$ 18,26
Outro destaque positivo foi a Raízen (RAIZ4), que avançou 2,01% cotada a R$ 18,26.
A RADL3 está em alta de 35,56% no mês. No ano, acumula uma desvalorização de 16,12%.
Motiva (MOTV3): 1,92%, R$ 13,25
Na lista de maiores altas, também estiveram as ações da Motiva (MOTV3), que registraram ganho de 1,92% a R$ 13,25. Ao Broadcast, Hugo Queiroz, sócio da L4 Capital, afirmou que há bastante movimentação de M&A (fusões e aquisições) no setor e muita expectativa por novos leilões. “Isso deixa o mercado animado”, afirmou.
A MOTV3 está em alta de 9,14% no mês. No ano, acumula uma valorização de 33,84%.
As maiores quedas do Ibovespa hoje
As três ações que mais desvalorizaram no dia foram Yduqs (YDUQ3), Porto Seguro (PSSA3) e Cemig (CMIG4).
Yduqs (YDUQ3): -6,03%, R$ 12,15
Os papéis da Yduqs (YDUQ3) tiveram a pior queda do Ibovespa hoje e recuaram 6,03% a R$ 12,15. Em entrevista exclusiva à websérie Balanço em Foco, do E-Investidor, Roberto Valerio, CEO da Cogna (COGN3), afirmou que a fusão com a Yduqs (YDUQ3) faz sentido, mas está fora do radar neste momento.
A YDUQ3 está em baixa de 6,11% no mês. No ano, acumula uma valorização de 47,81%.
Porto Seguro (PSSA3): -3,48%, R$ 50,8
Quem também se saiu mal foi a Porto Seguro (PSSA3), que cedeu 3,48% a R$ 50,8.
A PSSA3 está em baixa de 2,1% no mês. No ano, acumula uma valorização de 44,85%.
Cemig (CMIG4): -3,19%, R$ 10,62
Entre os destaques negativos do Ibovespa hoje, também estiveram as ações da Cemig (CMIG4), que recuaram 3,19% e encerraram o pregão cotadas a R$ 10,62.
A CMIG4 está em alta de 2,81% no mês. No ano, acumula uma valorização de 4,84%.
*Com Estadão Conteúdo