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- No ano, o milho para maio de 2021 saltou cerca de 25%, enquanto mais que dobrou de valor na comparação com abril do ano passado
(Reuters) – O contrato maio do milho negociado na B3 superou nesta terça-feira os 100 reais a saca de 60 kg pela primeira vez, em meio a uma forte demanda, quebra da primeira safra brasileira e preocupações climáticas com a colheita no inverno.
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Por volta das 10h20, o contrato era negociado abaixo da máxima do dia, a 99,76 reais.
No ano, o milho para maio de 2021 saltou cerca de 25%, enquanto mais que dobrou de valor na comparação com abril do ano passado.
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“O mercado só se alavancou nestes últimos 12 meses por conta de um crescimento agressivo de demanda. As preocupações com a oferta vejo como um catalisador deste movimento”, disse o diretor da consultoria Pátria AgroNegócios, Matheus Pereira.
Ele ponderou que, se não tivéssemos uma demanda tão agressiva, o milho não alcançaria os 100 reais/saca, “a menos que presenciássemos uma catástrofe produtiva no Brasil de maneira generalizada”.
Em comentário enviado à Reuters nesta terça-feira, outra consultoria, a Céleres, avaliou que, após a quebra na safra de verão, “uma produção farta no inverno tornou-se uma necessidade para o país”.
O cenário base da Céleres é de uma safra total de 108,1 milhões de toneladas em 2020/21, volume que seria recorde e superaria as 102,9 milhões do ciclo anterior.
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Já a demanda total por milho no Brasil, no cenário base, é estimada em 110,4 milhões de toneladas, versus 105,1 milhões na temporada passada.
Com isso, os estoques finais do Brasil deverão cair para 8,9 milhões de toneladas, 1 milhão a menos ante 2019/20.