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O Citi elevou a recomendação da empresa de neutra para compra e subiu o preço-alvo da ação de R$ 20 para R$ 20,50, o que representa um potencial de valorização de 22,7% sobre o último fechamento. Veja detalhes da recomendação a seguir.
O Citi elevou a recomendação da São Martinho e subiu o preço-alvo após concluir que os principais vetores negativos já se materializaram e não identifica novos gatilhos de baixa relevantes no horizonte.
O banco lembra que, nos últimos meses, a tese foi pressionada por duas frentes: preços mais baixos de açúcar e etanol, em meio à perspectiva de maior produção global e queda do petróleo e do câmbio, e aumento do capex (investimento) após a compra de cana-de-açúcar da usina Santa Elisa e da decisão de dobrar a capacidade de etanol de milho.
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Para os analistas Gabriel Barra e Pedro Gama, embora não haja expectativa de forte recuperação imediata das cotações de açúcar e etanol, também não se vislumbra espaço para novas quedas expressivas, o que sugere que a companhia pode estar perto do fim da tendência de baixa.
A equipe projeta preço médio de açúcar a US$ 0,18 por libra em 12 meses, sustentado pelo rendimento abaixo do esperado nos canaviais brasileiros, afetados pelas condições climáticas da safra passada. O relatório destaca ainda que parte das usinas no interior já pode ter migrado produção para etanol, favorecidas por subsídios regionais e custo de frete para exportar açúcar, reduzindo a oferta do adoçante.
Em relação ao combustível, o mercado tende a ficar mais equilibrado: a oferta cresce com a expansão do biocombustível de milho, mas a demanda também avança após o aumento da mistura obrigatória de anidro para 30%.
A queda recente do Brent e do dólar aproxima os preços domésticos da gasolina do piso de paridade, limitando espaço para recuo adicional nos valores do etanol. A São Martinho, por sua vez, não travou volumes de açúcar para a próxima safra, preservando flexibilidade para aumentar a fatia de etanol caso os preços do adoçante não se recuperem.
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Em alocação de capital, o Citi vê as duas iniciativas anunciadas – aquisição de cana da Santa Elisa e a segunda fase do projeto de etanol de milho – como criadoras de valor, pois elevam o coeficiente de utilização das unidades, diluem custos fixos e garantem produção com custo menor que o do etanol de cana, reforçando a resiliência em cenários de preço baixo.
Parte do mercado, porém, interpretou os aportes como negativos, preferindo distribuição de dividendos no curto prazo. O banco observa que a empresa não deve lançar novos projetos relevantes enquanto executa a expansão, que exigirá desembolso de cerca de R$ 1 bilhão e elevará temporariamente a alavancagem.
Nas projeções do Citi, a São Martinho (SMTO3) deve cumprir o guidance (projeção) operacional desta safra, beneficiada por eventual recuperação dos preços de açúcar. Para o ciclo 2025/26-2026/27, o banco calcula Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) ajustado de aproximadamente R$ 3,5 bilhões, um múltiplo de valor da empresa sobre Ebitda entre 3,1 e 2,9 vezes e geração de fluxo de caixa livre recorrente de 14% a 16%, com fluxo de caixa livre variando de queda 5% a alta de 2% da capitalização.
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