Veja as melhores ações globais para investir agora. Foto: Adobe Stock
O payroll (relatório oficial de emprego dos Estados Unidos) divulgado nesta sexta-feira (5) impulsionou as apostas de que o Federal Reserve (Fed) cortará os juros americanos em sua próxima reunião. O dado, muito aguardado pelo mercado, impulsionou o Ibovespa e fez o índice brasileiro bater seu recorde histórico na sessão. Com o cenário de relaxamento monetário à frente, o E-Investidor consultou carteiras recomendadas de instituições financeiras para mapear as melhores oportunidades em ações globais agora.
Na avaliação do Santander, a Alphabet se destaca por dominar mercados-chave na internet, como o de buscas on-line e streaming de vídeos, com o YouTube. Além disso, o Google Cloud vem ganhando relevância nas receitas da companhia, trazendo diversificação à receita proveniente de publicidade.
Nesta semana, a empresa também recebeu uma boa notícia: a Justiça americana poupou a gigante de tecnologia de ser desmembrada, preservando assim unidades de negócio como o navegador Chrome. O caso envolvia acusações de monopólio do Google nas buscas on-line. Mesmo que favorável à companhia, o resultado pode ser contestado e ainda deve se arrastar por anos.
Em relação à Amazon, o Santander destaca que a empresa não se resume apenas ao varejo digital e também se insere em negócios promissores e complementares à sua principal linha de receita. O banco vê grande potencial de crescimento nas áreas de streaming e computação em nuvem.
Os resultados do segundo trimestre da empresa vieram acima das expectativas. O lucro por ação diluída ficou em US$ 1,68, ante US$ 1,26 no mesmo período de 2024 e acima da projeção dos analistas de US$ 1,33. As vendas líquidas da empresa totalizaram US$ 167,7 bilhões, 13% acima dos US$ 148 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior e acima das estimativas de US$ 162 bilhões. Veja os detalhes aqui.
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Já o BDR da Meta, que completa o pódio de preferências, alcançou máxima histórica de R$ 157,40 no final de julho e passou por uma correção dos ganhos em agosto. Na análise técnica, a equipe do Itaú BBA aponta que agora o papel voltará para um cenário de alta visando as regiões de R$ 168,2 e R$ 194,9. “Para continuar com esse potencial de valorização, o BDR da Meta terá que continuar acima de R$ 133,95”, avalia o time.
Dados do payroll aumentam apostas por corte de juros
A economia dos EUA criou 22 mil empregos em agosto, em termos líquidos, segundo relatório publicado pelo Departamento do Trabalho do país. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast estimavam geração de 0 a 104 mil vagas, com mediana de 76 mil.
Para André Valério, economista sênior do Inter, o resultado de hoje garante o corte na taxa de juros pelo Fed na reunião de setembro. “Tendo em vista os dados bem fracos de emprego nos últimos meses, é provável que se veja uma discussão de corte de 50 pontos base. Se optarem por uma redução 25 pontos base, é possível que o comitê se comprometa com uma sequência de cortes”, afirma.
Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, pontua que os cortes de juros podem estimular os negócios e um fluxo maior para a renda variável. “A tese para as ações americanas está fortemente conectada a essa expectativa de alívio monetário, indicando uma alta sensibilidade a mudanças nessas projeções”, diz.
Em relatório, a Empiricus destaca que a possibilidade de novos cortes de juros acabou beneficiando as empresas de menor capitalização nos EUA, com o índice Russell 2000, que engloba essas companhias, tendo a melhor performance dentre os principais índices americanos em agosto e valorizando quase 7% no mês. “No campo corporativo, o encerramento da temporada de resultados também animou os mercados”, avalia a casa.
A corretora ainda comparou o crescimento dos lucros das Sete Magníficas – Apple, Amazon, Nvidia, Meta, Alphabet, Microsoft e Tesla – com o das outras 493 empresas do S&P 500 no 2T25: enquanto o primeiro grupo reportou aumento de quase 27%, o segundo ficou abaixo dos 10%.
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“Ainda que essa diferença diminua nos próximos trimestres, os investidores ainda enxergam nas maiores empresas de tecnologia uma maior capacidade de entregar melhores resultados do que as demais”, destaca a Empiricus.