

O Ibovespa futuro abriu esta quarta-feira (10) em alta de 0,14%, aos 143.835 pontos. As atenções do mercado estão dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto segue em pauta o julgamento ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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O Ibovespa futuro abriu esta quarta-feira (10) em alta de 0,14%, aos 143.835 pontos. As atenções do mercado estão dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos, enquanto segue em pauta o julgamento ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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As bolsas na Europa e o mercado futuro em Nova York exibem pouca tração nesta manhã, com o Dow Jones futuro em queda. Investidores acompanham os conflitos geopolíticos e os dados de inflação ao produtor (PPI) dos EUA em meio a expectativas de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) voltará a cortar juros a partir do próximo dia 17.
As ameaças de Trump ao Brasil em meio ao julgamento de Bolsonaro podem limitar o apetite do investidor no principal índice da B3. Por outro lado, o avanço das commodities hoje dá fôlego ao índice, com a alta de 0,25% do minério de ferro e de 0,60% do petróleo.
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No câmbio, o dólar hoje opera perto da estabilidade ante outras moedas de economias desenvolvidas nesta quarta-feira. No mercado doméstico, a moeda americana opera em queda de 0,12%, a R$ 5,4299.
O IPCA de agosto registrou deflação de 0,11%, ficando 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 0,26% de julho. Este foi o primeiro resultado negativo desde agosto de 2024 (-0,02%) e o mais intenso desde setembro de 2022 (-0,29%). No ano, o IPCA acumula alta de 3,15% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. Os resultados foram divulgados hoje (10) pelo IBGE.
A variação e o impacto negativo mais intensos vieram do grupo Habitação (-0,90% e -0,14 p.p.), devido à queda na energia elétrica residencial (-4,21%), subitem que exerceu o impacto mais intenso no índice (-0,17 p.p.). Também tiveram quedas em agosto Alimentação e bebidas (-0,46% e -0,10 p.p.) e Transportes (-0,27% e -0,06 p.p.), grupos de maior peso no IPCA juntamente com Habitação.
“Somados, esses três grupos foram responsáveis por -0,30 p.p. de impacto no índice geral. Sem eles, o resultado do IPCA de agosto ficaria em 0,43%”, informou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.
As projeções do Broadcast esperavam recuo 0,16% do IPCA em agosto, após alta de 0,26% em julho. As expectativas para esta leitura, todas de queda, variam de 0,27% a 0,07%.
As atenções do mercado estão também voltadas à retomada, no Supremo Tribunal Federal (STF), do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado, com o voto do ministro Luiz Fux. O processo ocorre em meio a ameaças do governo americano à soberania do Brasil.
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O governo brasileiro condenou a tentativa de intimidação da Casa Branca, ao considerar o uso de poderio econômico e militar para “proteger a liberdade de expressão”.
Segundo o Itamaraty, os Três Poderes não vão se intimidar “por qualquer forma de atentado à nossa soberania”. O STF já conta com os votos dos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino pela condenação dos oito réus, e a expectativa é que Fux apresente alguma divergência em relação à pena.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
*Com informações de Daniel Tozzi Mendes, Luciana Xavier e Maria Regina Silva, do Broadcast
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