
Os mercados internacionais seguem sem direção definida nesta sexta-feira, com investidores atentos à decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) na próxima semana.
A expectativa de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros ganhou força após dados fracos de confiança do consumidor nos Estados Unidos e sinais de estagflação.
Enquanto isso, o petróleo avança diante de novas sanções impostas à Rússia, e os rendimentos dos Treasuries (títulos de dívida emitidos pelo governo norte-americano) mantêm viés de alta. Na Europa, o risco de rebaixamento da nota de crédito da França e indicadores econômicos fracos do Reino Unido ampliam a percepção de incerteza.
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No Brasil, o Ibovespa recua após ter renovado máximas históricas na véspera, refletindo a postura mais cautelosa dos investidores diante da possibilidade de sanções por parte dos EUA. Por volta das 13h40, o principal índice da B3 caía 0,29%, aos 142.716 pontos.
Já o dólar se desvalorizava 0,66% frente ao real, cotado a R$ 5,36, influenciado pela expectativa de corte de juros nos EUA — o que tende a ampliar o diferencial de juros entre os países. Os juros futuros operam próximos da estabilidade, com leve inclinação nas curvas, enquanto o mercado digere os dados de serviços e monitora o cenário político.
Entre os componentes do Ibovespa, os bancos lideram as perdas. Em contrapartida, frigoríficos avançam com a expectativa de habilitação de novas plantas para exportação ao México. As petroleiras também registram alta, impulsionadas pela valorização do petróleo no mercado internacional e por sinalizações da Petrobras (PETR4) sobre possível retorno ao mercado de etanol.
Já o setor de papel e celulose recua, mesmo após os EUA retirarem tarifas sobre o produto, com o mercado avaliando impacto limitado. As siderúrgicas também operam em baixa, refletindo os dados fracos da produção industrial brasileira.
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