Nesta segunda-feira (15), o Ibovespa fechou em alta e acumula valorização de 4,66% no mês, alcançando os 143.546 pontos. O movimento é impulsionado pela expectativa de cortes de juros no Federal Reserve na próxima quarta (17) – o que pode antecipar a queda da Selic no final deste ano ou início de 2026. Essa prespectiva favorece setores ligados ao consumo interno, além de bancos e energia.
O Grok, a inteligência artificial do X (antigo Twitter), apontou, a nosso pedido, uma lista de ações que podem se destacar em setembro, equilibrando apostas em crescimento, dividendos e resiliência.
Quais ações a IA recomenda?
As ações da Magazine Luiza (MGLU3) são as top pick, segundo o Grok. Os papéis têm liderado as altas recentes, beneficiados pela possibilidade de juros menores, que estimulam o consumo.
Na última quinta-feira (11), a ação alcançou a cotação de R$ 10. Essa alta não está diretamente ligada a novidades específicas da companhia.
A analista Flavia Meireles, da Ágora Investimentos, reforça os fatores macroeconômicos como os principais motores do movimento.
De acordo com ela, a alta do Magalu está mais ligada a fatores macroeconômicos do que microeconômicos:
“Não saiu nenhuma notícia específica da empresa que justifique essa alta. Na verdade, todo o setor de varejo está subindo hoje por conta do recuo dos juros futuros”, explica.
Esse cenário reflete a sensibilidade do setor varejista aos movimentos da curva de juros.
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“As ações do setor varejista são mais sensíveis aos movimentos da curva de juros, uma vez que são ações cíclicas”, explica Meireles.
No segundo lugar do pódio ficam as ações do Banco do Brasil (BBAS3), que entraram na lista com o valuation baixo (P/L 5,5x) e pelo dividend yield entre 10% e 12%.
Em agosto, o BB divulgou seu balanço do segundo trimestre, um dos mais aguardados da temporada. O banco reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60,2% em relação ao mesmo período de 2024. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês), que mede a rentabilidade do banco, foi um dos principais destaques negativos, caindo 1.316 pontos percentuais em um ano e 823 pontos percentuais no trimestre, para 8,4%.
O BB também informou uma revisão do payout (porcentagem do lucro distribuída na forma de proventos) para 2025, fixando-o em 30%, via juros sobre o capital próprio (JCP) ou dividendos. Antes, a faixa estava entre 40% e 45%.
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Fechando o terceiro lugar no pódio, ficam as ações da PRIO (PRIO3), que chamam a atenção ao aparecer nesse ranking, já que a empresa registrou produção de 91,9 mil barris de petróleo equivalentes diários (boepd) em agosto de 2025 — um recuo de 8,8% em relação a julho, quando produziu 106,3 mil boepd.
Já as vendas totalizaram 3,05 milhões de barris em agosto, uma redução de 0,47% em relação a julho.
Confira a lista completa
Magazine Luiza (MGLU3)
Banco do Brasil (BBAS3)
PRIO (PRIO3)
Cosan (CSAN3)
Cogna (COGN3)
Itaú Unibanco (ITUB4)
Vibra Energia (VBBR3)
Engie Brasil (EGIE3)
Vale (VALE3)
Ambev (ABEV3)
Quais os riscos de comprar essas ações?
A própria IA alerta que no estas ações podem embutir alguns riscos na hora de investir. No cenário externo, as incertezas na China podem mexer com o apetite ao risco.
A inflação doméstica também pode ser uma das surpresas no índice, porque pode atrasar os cortes da Selic.
O Grok também recomenda observar volumes diários acima de R$ 5 milhões e adotar stop-loss entre 10% e 15% (stop-loss é uma ferramenta que protege o dinheiro do investidor ao funcionar como um gatilho: se o preço de uma ação, por exemplo, cair até um ponto que o investidor determinou, a ordem é acionada e a posição é fechada automaticamente para evitar perdas maiores).