OIbovespa futuro operava em alta de 0,85% às 9h15 (de Brasília), aos 146.056 pontos. As atenções do mercado estão no primeiro dia de reunião dos comitês de política monetária do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), além de dados de desemprego em junho na economia brasileira.
A expectativa de corte de juros nos EUA impulsiona o bom humor do principal índice da B3 hoje. No entanto, há chance de correções, já que o Índice Bovespa voltou a bater recordes ontem — tanto no intraday (acima dos 144 mil pontos) como no fechamento (143.546 pontos), em alta de 0,90%.
A queda do petróleo em torno de 0,30% limita o avanço das ações da Petrobras, e os bancos — que se destacaram ontem — podem perder tração. Já a alta de 0,82% do minério de ferro beneficia Vale e siderúrgicas.
No câmbio, odólar hoje opera em baixa ante outras moedas de economias desenvolvidas, ampliando perdas de ontem. No mercado doméstico, a moeda americana recuava 0,22%, a R$ 5,3102.
Ibovespa futuro: o que você deve acompanhar nesta terça-feira (16)
Taxa de desemprego fica no piso das previsões
A taxa de desocupação no Brasil ficou em 5,6% no trimestre encerrado em julho, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado foi equivalente ao piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo das previsões ia de 5,6% a 6,0%, com mediana em 5,7%.
O dado reforça que o mercado de trabalho brasileiro segue resiliente, o que pode inibir um início imediato de queda da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom).
Véspera da Super Quarta atrai atenções no mercado
Copom tem 1º dia de reunião para decidir o rumo da Selic no País. (Foto: Adobe Stock)
Os comitês de política monetária do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) iniciam nesta terça-feira (16) suas reuniões, que antecedem as decisões sobre os rumos dos juros, na chamada “Super Quarta“.
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Nesse sentido, devido ao período de silêncio, não há previsão de manifestações de diretores que compõem os comitês de política monetária dos dois BCs.
Dados da CME mostram que os investidores precificaram em zero a chance de manutenção, à medida que números fracos do mercado de trabalho e uma inflação mais branda alimentam apostas — leia mais nesta matéria. Enquanto isso, no Brasil, espera-se que a taxa básica de juros, Selic, permaneça em 15% ao ano.
A queda nos juros dos EUA deixa menos atraente o rendimento dos Treasuries, os títulos públicos americanos, ainda considerados um dos investimentos mais seguros do mundo. Isso faz com que investidores estrangeiros busquem aplicar pelo menos parte de seus recursos em mercados com um “prêmio de risco” (juro) maior, como o Brasil. E uma entrada maior de dólares por aqui aumenta a oferta da divisa no mercado nacional e tende a reduzir sua cotação em relação ao real.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na Bolsa de Valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
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*Com informações de Daniela Amorim, Paula Dias e Maria Regina Silva, do Broadcast