
No exterior, dados acima do esperado sobre o crescimento econômico dos Estados Unidos e uma revisão para cima no índice preferido de inflação (PCE) do Federal Reserve reduziram as apostas em cortes de juros no país. Esse movimento impulsionou os rendimentos dos Treasuries e fortaleceu o dólar frente às principais moedas, enquanto as bolsas em Nova York e Europa operam em queda.
O petróleo recua, refletindo preocupações com excesso de oferta, apesar das tensões geopolíticas persistentes no Leste Europeu. O ambiente global segue marcado por incertezas quanto à trajetória da política monetária americana, com dirigentes do Fed adotando tom cauteloso e reforçando a dependência dos próximos dados econômicos.
No Brasil, o Ibovespa acompanha o viés negativo internacional, pressionado também por fatores domésticos. A divulgação do IPCA-15 abaixo das expectativas trouxe algum alívio, mas o Relatório de Política Monetária do Banco Central reforçou a postura conservadora, indicando manutenção da Selic em patamar elevado por mais tempo.
O dólar ganhou força frente ao real, refletindo tanto o cenário externo quanto ajustes internos após a divulgação dos indicadores econômicos, enquanto os juros futuros curtos permanecem estáveis e os longos sobem. Com isso, perto das 14h, o Ibovespa cedia cerca de 0,16% aos 146.256 pontos.
Entre as ações, o setor varejista opera sem direção clara, refletindo a assimilação dos dados do IPCA-15 e a postura conservadora do Banco Central. Assaí (ASAI3) lidera as perdas, pressionado por questões tributárias relacionadas ao GPA, enquanto Magazine Luiza (MGLU3) e Lojas Renner (LREN3) figuram entre as altas. No setor de commodities, Petrobras (PETR3) recua apesar de avanços no licenciamento ambiental, acompanhando o petróleo internacional, enquanto Vale (VALE3) avança com a alta do minério de ferro mais cedo. O setor siderúrgico mostra recuperação pontual após anúncio de reajuste de preços pelas principais empresas.
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