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O banco elevou o preço-alvo das American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da empresa para US$ 15, um potencial de valorização de 14,68% ante o último fechamento.
A casa manteve uma recomendação neutra devido à pressão sobre o fluxo de caixa livre e dividendos causada por um ciclo intenso de investimentos.
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Segundo o banco, a estatal tem demonstrado um forte desempenho operacional nos últimos anos, com a implementação de onze unidades flutuantes de produção (FPSOs) até a primeira metade de 2025 e a preparação de outras cinco até 2027.
“Esse movimento deve manter a produção em crescimento e a empresa pretende transitar de uma estratégia baseada em arrendamentos de FPSOs para a aquisição dos mesmos”, diz o banco. “A estratégia visa aumentar a flexibilidade e a mitigar a inflação de custos, apesar de elevar o capex (investimentos) previsto para cerca de US$ 31,7 bilhões.”, completa.
No entanto, os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz assinalam que essa mudança traz desafios, principalmente devido à inflação de custos e aos grandes financiamentos requeridos por projetos de exploração.
A expectativa de preço do barril de Brent pelo Santander gira em torno de US$ 65, o que sugere a necessidade de uma redução no capex de cerca de US$ 4 bilhões para equilibrar o fluxo de caixa e dividendos. Caso o preço do petróleo suba ligeiramente para US$ 67,5, a redução poderia ser de aproximadamente US$ 1,8 bilhão.
O potencial de distribuição de dividendos está reduzido no curto prazo, afirma o banco, devido a iniciativas inorgânicas em consideração pela companhia, como aquisições no setor de etanol e participação em leilões de áreas do pré-sal, que requerem alocação de capital.
Para o banco, apesar dos desafios de curto prazo, a produção doméstica de petróleo da Petrobras tem superado as expectativas, alimentada por ativos altamente produtivos como Búzios e Mero. Com uma produção média de 2,5 milhões de barris por dia em agosto, a empresa deve alcançar o limite superior de sua orientação de produção para 2025, com vistas a um possível aumento para 2026.
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O Santander reconhece que a mudança para uma estratégia de capex pode pressionar a flexibilidade de alocação de capital e o fluxo de caixa livre até 2027. Apesar disso, a qualidade dos projetos de pré-sal aumenta a atratividade do programa de investimentos da Petrobras, mesmo com eventuais mudanças governamentais.
No entanto, a similaridade da avaliação da estatal com outros pares globais limita o espaço para uma reavaliação no curto prazo. A longo prazo, entretanto, o potencial de crescimento da Petrobras (PETR3; PETR4) pode justificar uma reavaliação.
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