Ambipar (AMBP3) busca apoio do BR Partners (BRBI11) como assessor financeiro. (Foto: Adobe Stock)
A Ambipar (AMBP3), companhia de gestão de resíduos com mais de 40 subsidiárias no Brasil e no exterior, contratou o banco de investimentos BR Partners (BRBI11) para atuar como assessor financeiro na reestruturação de sua dívida que estaria em R$ 11 bilhões, de acordo com o balanço mais recente da companhia. A informação foi confirmada pela Ambipar ao E-Investidor.
Inicialmente, a Ambipar havia selecionado a Sêneca Evercore para conduzir a reestruturação financeira, segundo fontes ouvidas pela Broadcast, mas posteriormente decidiu mudar de estratégia e revogou a escolha.
Na semana passada, a Ambipar obteve na Justiça proteção contra credores por falta de caixa para honrar compromissos financeiros que não estavam previstos, segundo documento que homologa a proteção (leia mais abaixo).
Com o anúncio, as notas de crédito da Ambipar já foram rebaixadas pela S&P Global e a Fitch. A avaliação da S&P ficou como “default”, a perspectiva mais baixa em uma escala de agências de rating.
“Avaliamos isso como equivalente a uma reestruturação geral das obrigações de dívida da Ambipar. A empresa reportou uma dívida de curto prazo de R$ 616 milhões, representando apenas cerca de 5% de sua dívida bruta consolidada, juntamente com uma posição de caixa considerável de R$ 4,7 bilhões em 30 de junho de 2025″, informou a classificadora S&P.
Crise na Ambipar: o que está acontecendo com as ações?
Na semana passada, as ações da Ambipar derreteram 37,68%, acompanhando diferentes notícias polêmicas sobre a empresa. Na noite da última segunda-feira (22), a companhia informou que o então diretor financeiro, João Daniel Piran de Arruda, deixou o cargo. Na data, a Ambipar também informou a realização da sétima emissão de debêntures, em duas séries, no valor total de até R$ 3 bilhões.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Ambipar explicou que a medida foi necessária diante de uma operação recente com derivativos envolvendo os Green Bonds (títulos de dívida verde emitidos no mercado internacional), que geraram consequências financeiras negativas devido à variação na cotação e na negociação de seus valores mobiliários.