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Não houve negociação do minério de ferro na China por causa de feriado. Contudo, relatórios tem apontado otimismo com os resultados da Vale entre as empresas de commodities.
O BTG Pactual e a XP consideram que a Vale está entre as empresas que apresentarão números sólidos no próximo balanço, diante da resiliência do minério e por volumes mais fortes sazonalmente.
O setor de commodities continua inspirando cautela, segundo o BTG Pactual, que projeta um terceiro trimestre de 2025 marcado por pressões relacionadas à valorização do real, que soma alta de 2% no trimestre e de 14% no ano; e à queda generalizada dos preços internacionais.
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Em relatório, os analistas Leonardo Correa, Marcelo Arazi e Bruno Henriques apontam a Vale e CSN Mineração (CMIN3) como as empresas que deverão exibir os números mais sólidos do grupo, amparadas por cotações resilientes do minério e por volumes sazonalmente mais fortes.
No segmento de celulose, o banco avalia que o ambiente de preços foi grande desafio no trimestre e deve pesar sobre os resultados. Para as siderúrgicas brasileiras, BTG não identifica mudança no quadro de concorrência desleal das importações nem nos preços mais baixos, o que tende a manter as margens pressionadas.
A exceção entre as siderúrgicas continua sendo a Gerdau (GGBR4), porque mais de 50% da receita da companhia vem dos Estados Unidos, onde tarifas sobre o aço sustentam margens ao redor de 20% na operação norte-americana. O banco considera o terceiro trimestre um ponto de inflexão para a geração de caixa da empresa, com expectativa de liberação de capital de giro.
A Aura Minerals (AURA33) aparece como o destaque positivo de curto prazo para o BTG. O banco prevê expansão de 38% no Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) trimestre a trimestre, apoiada em crescimento de produção, controle de custos e um cenário favorável para o ouro.
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Já CSN (CSNA3), segundo o banco deve entregar resultados decentes, sustentados pela CSN Mineração e pelo negócio de cimento, mas sem avanços relevantes na desalavancagem. Para o banco, a Dexco (DXCO3) mostra alguma melhora na divisão Deca, porém o progresso em alavancagem e Cerâmicas segue limitado. No extremo negativo, CBA (CBAV3) e Usiminas (USIM5) continuam expostas a condições mais adversas.
A Vale e a CSN Mineração devem apresentar melhorias nos resultados do terceiro trimestre devido a preços mais altos do minério de ferro, com a cotação de referência subindo US$ 4 por tonelada, avalia a XP. O desempenho será impulsionado também por volumes crescentes de vendas e custos controlados.
Já para Suzano (SUZB3), a projeção da corretora é de resultados enfraquecidos, impactados por preços mais baixos da celulose e fortalecimento do real, embora aumentos de preços recentes possam melhorar os indicadores no quarto trimestre.
Por outro lado, a Klabin (KLBN11) deve mostrar resiliência, apesar de um desempenho de celulose mais fraco, graças à forte demanda e preços elevados de papel e embalagens.
No pano de fundo macroeconômico, o BTG lista excesso de oferta, a guerra comercial global, as incertezas persistentes no mercado imobiliário chinês e a ausência de catalisadores de curto prazo. Diante desse quadro, o banco não vê motivos para rever suas projeções de preço e recomenda manter baixa exposição ao setor.
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O relatório ainda alerta para fatores como as tarifas dos EUA no comércio global, cotas e medidas antidumping no setor de aço no Brasil, a oferta que influencia os preços da celulose, e as reformas na produção chinesa de aço promovidas pela campanha anti-involution (termo chinês que descreve a campanha do governo chinês para combater a competição excessiva e a pressão financeira e física geradas por essa concorrência).
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