
No exterior, o viés negativo prevalece. As bolsas americanas recuam após sequência de recordes, enquanto a maioria das praças europeias fecharam no campo negativo, pressionadas pela persistente crise política na França, com a promessa do presidente Emmanuel Macron de definir um novo premiê até amanhã, e pelo tombo das ações do setor bancário britânico. A paralisação do governo dos Estados Unidos segue no foco, bem como a ausência de sinais para o fim do impasse político e orçamentário que alimenta esta situação. O dólar se fortalece globalmente, os rendimentos dos Treasuries avançam e o petróleo opera em queda diante das expectativas de cessar-fogo no Oriente Médio, ao passo que o ouro também perde força.
Por aqui, a leitura mais benigna do IPCA de setembro sustenta queda nos juros futuros, mas não altera a postura cautelosa do Banco Central. A derrubada da MP 1.303 reacende preocupações fiscais, limitando o fôlego do Ibovespa e impulsionando o dólar.
Por volta das 13h40, o Ibovespa operava em leve alta de 0,09%, aos 142.278 pontos, enquanto o dólar subia 0,47% frente ao real, cotado a R$ 5,37.
Na carteira do Ibovespa, WEG (WEGE3) dispara após expectativas de maior capex no setor elétrico, enquanto B3 (B3SA3) sobe com o fim da MP 1.303, que afasta risco de aumento tributário sobre operações financeiras. No varejo, o IPCA abaixo do previsto traz algum alívio, mas preocupações fiscais mantêm o setor misto. Construtoras recuam após declarações sobre ajustes no Minha Casa, Minha Vida e resultados modestos da Tenda (TEND3).
Entre as commodities, Brava (BRAV3) cai com auditoria da ANP, Petrobras (PETR3; PETR4) acompanha o petróleo em baixa e Vale (VALE3) sustenta ganhos com minério em alta.
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