Os contratos futuros de petróleo aceleram queda, recuam mais de 3% e vão aos menores níveis entre 4 e 5 meses. O movimento reflete a deterioração do sentimento de risco dos mercados, após o presidente dos EUA, Donald Trump, ameaçar elevar tarifas à China.
O presidente Donald Trump afirmou nesta sexta-feira que seu governo “está calculando um grande aumento das tarifas sobre produtos da China”, em resposta ao que classificou como um movimento “hostil” de Pequim para restringir exportações de elementos estratégicos.
Segundo ele, “há muitas outras medidas de retaliação em consideração” contra o país asiático.
Em publicação na Truth Social, Trump declarou que “coisas muito estranhas estão acontecendo na China”, que estaria “se tornando muito hostil” e enviando cartas a governos de todo o mundo para anunciar planos de controle sobre exportações ligadas às terras raras — e “praticamente qualquer outra coisa em que consigam pensar”.
O republicano afirmou que tais restrições poderiam “travar os mercados e tornar a vida difícil para praticamente todos os países do mundo, especialmente para a própria China”.
O presidente disse ter sido procurado por outros países “extremamente irritados”, sem citar quais, com o que chamou de “grande hostilidade comercial”, acrescentando que o relacionamento entre Washington e Pequim “vinha sendo muito bom nos últimos seis meses” — o que tornaria o gesto chinês ainda mais surpreendente, para ele.
Às 12h28 (de Brasília), o barril do WTI para novembro caía 3,61%, a US$ 59,28, na mínima desde 8 de maio. O do Brent para dezembro cedia 3,30%, a US$ 63,07, menores níveis desde de 2 junho.