

O índice Dow Jones fechou em queda nesta quinta-feira (15). Os demais indicadores das bolsas de Nova York também caíram. O movimento aconteceu após Wall Street mostrar desempenho misto nos últimos dois dias.
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O índice Dow Jones fechou em queda nesta quinta-feira (15). Os demais indicadores das bolsas de Nova York também caíram. O movimento aconteceu após Wall Street mostrar desempenho misto nos últimos dois dias.
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Investidores monitoraram comentários de diferentes autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), em meio a expectativas de mais cortes nos juros básicos dos EUA. O mercado seguiu acompanhando ainda os desdobramentos da tensão comercial entre EUA e China.
A vice-presidente de Supervisão do Fed, Michelle Bowman, não comentou política monetária em discurso preparado para conferência institucional nesta quinta-feira. Em seus comentários, porém, Bowman falou sobre o trabalho do banco central para elaborar novas propostas de capital bancário e testes de estresse, que serão disponibilizadas para comentários públicos até o final de outubro.
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Já o diretor do Fed, Stephen Miran, afirmou que cortes de juros superiores a 50 pontos-base por decisão monetária devem ser “reservados para emergências”, ao participar de painel da reunião anual do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, em inglês). Por outro lado, o ritmo de redução de 25 pontos-base adotado pelo banco central americano desde que começou o processo de flexibilização monetária “está mais devagar do que deveria”, argumentou Miran.
O dólar hoje fechou em baixa ante outras moedas de economias desenvolvidas, estendendo perdas recentes. Os juros dos Treasuries (títulos públicos americanos) encerraram em queda nesta quinta-feira, com o rendimento da T-note de 2 anos no menor nível desde setembro de 2022.
Falas recentes do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, sugerem que, embora o BC americano esteja cauteloso quanto ao que está por vir, a “névoa” de dados causada pela paralisação do governo provavelmente não o impedirá de flexibilizar novamente a política monetária em outubro, de acordo com o CIBC.
“O discurso foi principalmente sobre o balanço patrimonial e ele não ofereceu nenhuma projeção de curto prazo para outubro, mas, lendo nas entrelinhas, parece que Powell seria favorável a outro corte de 25 pontos-base (pb) na próxima reunião”, escreve em análise.
Diante das falas, o banco canadense espera que o Fed corte os juros em outubro e, em seguida, faça uma pausa para reavaliar sua posição, antes de prosseguir com outras reduções de juros em 2026.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou na quarta-feira que o país vive “uma guerra comercial com a China” e defendeu o uso de tarifas como ferramenta central de política nacional. Segundo o republicano, “as tarifas são um instrumento muito importante para nossa defesa” e “essenciais para a segurança nacional”.
Durante coletiva de imprensa no Salão Oval, Trump afirmou que “sem tarifas, não há segurança nacional garantida”.
Nos últimos dias, ele voltou a ameaçar impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses. Um documento que deve ser publicado ainda hoje no Federal Register — o equivalente ao diário oficial americano — deve estabelecer sobretaxas entre 100% e 150% sobre equipamentos marítimos e de logística da China.
No fechamento, o Dow Jones cedeu 0,65%, o S&P 500 recuou 0,63% e o Nasdaq teve perda de 0,47%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – registrou queda de 0,46%, a 98,336 pontos.
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Na indústria de semicondutores, a Nvidia (NVDA) subiu 1,1% e a Broadcom (AVGO) avançou 0,8%, após a taiwanesa TSMC (TSMC34), que produz chips para a Nvidia, divulgar novo lucro trimestral recorde e elevar projeções de receita, diante do otimismo com a Inteligência Artificial (IA).
*Com informações de Sergio Caldas, Isabella Pugliese Vellani e Pedro Lima, do Broadcast
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