O Citi esperava aumento na produção de petróleo da Petrobras no terceiro trimestre
A Petrobras (PETR4) fechou o terceiro trimestre do ano com produção média de 3,144 milhões de barris diários (boed) de óleo equivalente (petróleo e gás natural), uma alta de 17,3% na comparação com o mesmo período de 2024. Em relação ao segundo trimestre de 2025, houve alta de 7,7%. As informações constam no relatório de produção da companhia, divulgado nesta sexta-feira, 24.
A produção comercial média de óleo e gás da Petrobras foi de 2,768 milhões de boe/d no terceiro trimestre de 2025, alta de 18,4% ante o terceiro trimestre de 2024, e alta de 8,1% contra a média dos três meses imediatamente anteriores.
A produção média de petróleo avançou 18,4% no período contra o terceiro trimestre de 2024, para 2,520 milhões de barris por dia (bpd). Já em relação ao trimestre até junho, a alta foi de 8%.
A produção média de gás natural da Petrobras totalizou 594 mi boe/d, alta de 13,1% na comparação com um ano antes, e mais 6,3% em relação ao segundo trimestre de 2025.
No pré-sal, foram extraídos, em média, 2,117 milhões de bpd de julho a setembro, alta de 16,2% ante o terceiro trimestre de 2024 e 6,6% superior à do trimestre anterior, devido, principalmente, ao atingimento da capacidade de projeto do FPSO Almirante Tamandaré, à manutenção do topo de produção (nominal do projeto) e posterior incremento da capacidade de produção do FPSO Duque de Caxias, além do ramp-up dos FPSOs Maria Quitéria e Alexandre de Gusmão.
Segundo a Petrobras, o FPSO Almirante Tamandaré é a primeira plataforma de alta capacidade da Petrobras e alcançou o topo de produção de 225 mil bpd em apenas 6 meses. “O resultado reafirma a nossa excelência técnica e a potência do campo de Búzios”, destaca a diretora de Engenharia, Tecnologia e
Inovação, Renata Baruzzi.
O desempenho do Projeto Búzios 7 foi reconhecido com o Prêmio OTC Brasil 2025, que o destaca como um novo referencial para a indústria offshore.
Venda interna de derivados sobe 1,9% no 3T25
O volume total de vendas de derivados da Petrobras no mercado interno subiu 1,9% no terceiro trimestre de 2025, na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, para 1.804 milhões de barris por dia (Mbpd).
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No diesel, as vendas cresceram 6,4% em um ano e 12,2% ante os três meses anteriores, para 809 mil bpd. Com relação à gasolina, a avanço de 1,5% frente o terceiro trimestre de 2024, para 402 mil bpd. Sobre os três meses anteriores, a houve recuo de 0,5%.
Com relação às importações, no período houve avanço de 1,3% contra o terceiro trimestre de 2024, para 314 mil bpd. Na comparação com os três meses anteriores, recuo de 9,8%. A compra de diesel, por sua vez, subiu 49,4% ante a 2024, para 121 mil mbpd. Ante ao período imediatamente anterior, queda de 0,8%.
A importação de GLP recuaram para 58,1% ante um ano, para 26 mil bpd. A redução foi ainda maior na comparação trimestral: 65,8%.
Já as exportações da Petrobras subiram 29% ante o terceiro, para 1,037 mi bpd, sendo que a venda de petróleo teve alta de 36,1% contra o terceiro trimestre de 2024, para 814 mil bpd. O volume de exportações do petróleo registrou avanço de 18% na comparação com o trimestre anterior.
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No período, a Petrobras avançou no mercado livre de gás natural, atingindo a marca de 6,5MMm³/d de volume contratado nessa modalidade, um crescimento de 14% em relação ao 2T25. “Esses resultados reafirmam a competitividade de nossa carteira e destacam nosso compromisso com a alocação eficiente do gás natural”, explica a estatal, no release que acompanha os resultados.
Produção total
Já a produção total de derivados da estatal caiu 1,5% na mesma base de comparação, para 1,790 milhão de barris por dia (Mbpd). O fator de utilização total (Fut) do parque de refino caiu 1% de julho a setembro, para 94%,acima dos 91% registrados no trimestre anterior, “refletindo o elevado aproveitamento das capacidades instaladas”, segundo a Petrobras.