Santander Asset Management mantém visão positiva para a renda fixa, apoiada na queda dos juros globais e no recuo da inflação no Brasil. (Imagem: Adobe Stock)
Apesar da cautela no curto prazo, a Santander Asset Management Brasil (SAM) mantém uma avaliação construtiva sobre o mercado de renda fixa no País, apoiada no quadro de queda dos juros nos Estados Unidos e também nos prêmios de risco embutidos nas curvas de juros domésticas.
“Seguimos com visão positiva para o mercado de renda fixa local. Em outubro, não fizemos mudanças significativas, mantendo posições em ativos prefixados e em títulos atrelados à inflação, especialmente nos vencimentos mais longos”, afirma a asset em sua carta mensal referente a novembro, publicada hoje (5).
A gestora de recursos do Santander observa que, após o Federal Reserve (Fed) ter reduzido os juros em outubro, a trajetória de inflação mais benigna e o enfraquecimento do mercado de trabalho americano devem permitir cortes adicionais ao longo dos próximos meses.
Já por aqui, afirma a asset, permanece a percepção de alívio no ambiente inflacionário após o resultado abaixo do previsto do IPCA-15 de outubro e recuo das expectativas inflacionárias para horizontes mais longos. “Nesse contexto, entendemos que faz sentido manter posições aplicadas em juros locais, tanto pelo ambiente global quanto pela evolução favorável da inflação doméstica”, aponta a gestora no documento.
Caso a evolução favorável das estimativas de inflação do mercado tenha continuidade, a asset avalia que o custo desinflacionário em termos de atividade tende a ser menor, o que abre espaço para o aguardado ciclo de flexibilização monetária em 2026.
No cenário-base da gestora do Santander, o primeiro corte na Selic vai ocorrer em abril do próximo ano, com um afrouxamento de 0,5 ponto porcentual. Seriam cinco cortes nessa magnitude que levariam o juro básico a terminar o ano em 12,50%.