O índice Dow Jones amplia perdas nesta sexta-feira (7) junto aos demais indicadores de Nova York. O movimento acontece após Wall Street encerrar com fortes perdas no pregão anterior com dados de emprego piores do que o esperado nos Estados Unidos.
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O índice Dow Jones amplia perdas nesta sexta-feira (7) junto aos demais indicadores de Nova York. O movimento acontece após Wall Street encerrar com fortes perdas no pregão anterior com dados de emprego piores do que o esperado nos Estados Unidos.
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Permanecem nos mercados de NY os temores de valorização excessiva em ações ligadas a Inteligência Artificial (IA) e os possíveis impactos da paralisação do governo dos EUA – que mantém importantes dados oficiais suspensos, como o relatório de empregos (payroll) anteriormente previsto para hoje.
Além disso, a postura mais cautelosa do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) sobre a trajetória dos juros básicos americanos também limita ganhos.
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Segundo Fernando Bresciani, analista de investimentos do Andbank, as bolsas americanas começaram ontem a dar realização, e hoje devem seguir nesse movimento, principalmente porque alguns balanços de empresas de tecnologia decepcionaram.
“Há também o shutdown e as dúvidas sobre o mercado de trabalho, o que gera incerteza em relação ao que o Fed deve fazer na reunião de dezembro. Eles seguem, como se diz, ‘no escuro'”, ressalta Bresciani.
Na agenda dos EUA hoje, o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, e o dirigente do Banco Central Europeu (BCE) Joachim Nagel participam de um painel sobre Inteligência Artificial e economia no evento Euro20+, assim como o dirigente do BCE Frank Elderson. O diretor do Fed Stephen Miran discursa sobre stablecoins e política monetária.
Ainda nesta sexta-feira, investidores repercutem a pesquisa da Universidade de Michigan sobre confiança do consumidor e expectativas de inflação nos EUA.
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Em paralelo, o dólar hoje recua em relação a outras moedas de economias desenvolvidas, retomando a recuperação de perdas de ontem. Já os rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida estadunidense) operam em alta, depois de caírem na sessão anterior.
Na Ásia, os mercados refletiram as perdas de Nova York e foram pressionados pela queda nas exportações chinesas em outubro — a primeira contração desde março de 2024, segundo a CNBC, influenciada pela política tarifária dos EUA.
As exportações da China para os Estados Unidos caíram 25% na comparação anual, marcando o sétimo mês consecutivo de retração.
O presidente americano, Donald Trump, afirmou que não haverá novas tarifas enquanto o tema estiver na Suprema Corte. Um juiz federal determinou o pagamento integral dos benefícios de assistência alimentar de novembro.
O índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos elaborado pela Universidade de Michigan caiu para 50,3 em novembro, ante 53,6 em outubro, segundo levantamento preliminar divulgado pela instituição nesta sexta-feira. O resultado ficou abaixo da previsão de analistas consultados pela FactSet, de 54,2.
A pesquisa mostrou ainda que as expectativas de inflação em 12 meses subiram de 4,6% em outubro para 4,7% em novembro. Já para o horizonte de cinco anos, a expectativa de inflação caiu de um mês para o outro, de 3,9% para 3,6%.
Às 14h52 (de Brasília), o Dow Jones caía 0,71%, o S&P 500 recuava 1,11% e o Nasdaq cedia 1,77%. Duas das “Sete Magníficas”, a ação da Nvidia (NVDC34) perdia 2,9% e a da Tesla (TSLA34) recuava 3,9%. Já o índice DXY do dólar – que acompanha as flutuações da moeda americana em relação a outras seis divisas relevantes – tinha queda de 0,27%, a 99,460 pontos.
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*Com informações de Thais Porsch, Laís Adriana e Sergio Caldas, do Broadcast
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