Ouro volta a superar US$ 4.100 e renova fôlego com apostas em corte de juros nos EUA
Metal precioso avança quase 3% na Comex e é impulsionado por expectativa de nova flexibilização monetária em dezembro, enquanto investidores acompanham fim do impasse fiscal americano
Ouro fecha em alta de 2,9% e volta ao patamar de US$ 4.100 por onça-troy. (Imagem: Adobe Stock)
O ouro fechou a sessão desta segunda-feira em alta, voltando a ultrapassar o patamar de US$ 4.100 pela primeira vez em quase duas semanas. O metal precioso ganhou impulso conforme o mercado assimila dados econômicos que podem reforçar novos cortes de juros nos Estados Unidos.
O metal iniciou o dia com valorização e manteve os ganhos durante a sessão, com as expectativas por nova flexibilização monetária em dezembro voltando a crescer entre os traders após dados econômicos publicados na semana passada. Dados do CME Group apontavam 66,0% de chances de um corte nos juros em 25 pontos-base (pb) na próxima reunião do Federal Reserve.
Investidores também acompanham o possível fim do shutdown do governo dos Estados Unidos, com a aprovação no Senado do projeto de financiamento federal. O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, afirmou que acredita ter votos suficientes para aprovar o encerramento da paralisação.
Para o Saxo Bank, a reabertura do governo federal dos EUA restabeleceria a publicação de dados econômicos e, com isso, as chances de corte de juros poderiam ser revividas. “Porém, mais importante, redirecionaria o foco do mercado para a deterioração das perspectivas fiscais dos EUA”.
A prata seguiu o movimento do ouro e também encerrou em forte alta, com de 4,5%, a US$ 50,811 por onça-troy. Para o Saxo Bank, apesar da volatilidade elevada da prata, “o padrão geral de forte demanda, a escassez em algumas partes do mercado e a recomposição de posições especulativas manteriam a tendência de médio prazo intacta”.