O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões no balanço do terceiro trimestre de 2025 (3T25), uma queda de 60% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado derrubou o retorno sobre o patrimônio (ROE) para 8,4%, bem abaixo do esperado pelo mercado. Em outras palavras: o banco ainda lucrou, mas bem menos do que os investidores imaginavam.
O principal peso veio das provisões contra calotes, que dispararam quase 78% em um ano, somando R$ 17,9 bilhões. Esse aumento expressivo reflete o avanço da inadimplência, que subiu para 4,93%, puxada principalmente pelo agronegócio, setor que tem sido apontado como o grande vilão da crise financeira que atinge a estatal.
Diante desse cenário, e dos números considerados fracos por analistas ouvidos pelo E-Investidor, o BB revisou para baixo sua projeção de lucro para 2025: agora, a faixa esperada é entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões, ante a estimativa anterior de até R$ 25 bilhões.
E o que isso significa para o investidor? Além da queda nas ações nesta quinta-feira (13), o pagamento de dividendostambém deve encolher. O Safra projeta um retorno de cerca de 4,5% para o próximo ano — bem mais tímido do que o observado recentemente.
No mercado, a discussão agora gira em torno do tempo de recuperação do Banco do Brasil (BBAS3). Há quem aposte em uma melhora já no fim de 2025, mas outros acreditam que o fôlego só deve voltar em 2026.