Ibovespa, o principal índice da B3. (Foto: Adobe Stock)
O Ibovespa futuro inverteu sinal de queda da abertura e passou a subir 0,13%, aos 157.500 pontos nesta quarta-feira (26) após a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro. O mercado também repercute a cerimônia de sanção, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), da lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil.
O apetite por risco no exterior tende a apoiar a Bolsa brasileira local, mesmo diante da cautela fiscal após a aprovação, no Senado, da pauta-bomba da aposentadoria dos agentes de saúde. A leve alta de 0,19% do minério de ferro pode ajudar a compensar o petróleo mais fraco.
As bolsas de valores globais avançam apoiadas por expectativa de corte de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em dezembro, em dia de divulgação Livro Bege, o sumário das condições econômicas das distritais do Fed. O documento deve orientar as expectativas para a política monetária americana antes do feriado de Ação de Graças nos EUA, que fechará os mercados amanhã (27).
Nesse cenário, a alta dos futuros de NY ajudam a animar o principal índice da B3, apoiados pela confiança em corte de juros pelo Fed em dezembro e pela possível indicação de Kevin Hassett para presidir o BC americano.
No câmbio, o dólar hoje avança ante moedas fortes no exterior, mas beira estabilidade ante o real. Após a abertura, a moeda americana recuava levemente 0,02%, a R$ 5,37 na venda.
Ibovespa futuro: os destaques do mercado de ações desta quarta-feira (26)
IPCA-15 avança 0,20% em novembro acima das projeções
IPCA-15 é conhecido como prévia da inflação. (Foto: Adobe Stock)
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) foi de 0,20% em novembro e ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,18%). O resultado veio acima da mediana das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,18%, com intervalo entre avanços de 0,10% e 0,23%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p.), seguido de Saúde e Cuidados Pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%).
No grupo Despesas pessoais (0,85%), o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%). Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%).
Publicidade
No resultado do grupo dos Transportes (0,22%), destacam-se o subitem passagens aéreas , que subiu 11,87% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.), além da queda de 0,46% nos combustíveis . À exceção do gás veicular , que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).
O que mais repercute na Bolsa de valores brasileira hoje
No câmbio e juros, as apostas em corte de juros podem seguir aliviando os ajustes, sobretudo com o IPCA-15, embora a incerteza política e fiscal imponha limites.
No radar, a Comissão de Finanças e Tributação da Câmara vota o projeto que reduz incentivos tributários e pode gerar receita de R$ 20 bilhões em 2026, enquanto a CAE do Senado avalia hoje, às 10h, a taxação de bets e fintechs.
Esses e outros dados do dia ficam no radar de investidores e podem impactar as negociações na bolsa de valores brasileira, influenciando o índice Ibovespa futuro.
Publicidade
*Com informações de Silvana Rocha e Luciana Xavier, do Broadcast